Segunda-feira, 28 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Após rebelião, Forças Armadas fizeram uma varredura em presídio de Japeri, no Rio de Janeiro

Compartilhe esta notícia:

Agentes da inteligência da SJSPS e da Susepe irão monitorar o andamento das eleições nas unidades prisionais do Estado(Foto: Wilson Dias/ABr)

As Forças Armadas e a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) fizeram uma varredura na Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, na manhã desta quarta-feira (21). O objetivo da ação foi apreender materiais ilícitos ou cuja posse não seja autorizada. A ação foi baseada no decreto de Garantia da Lei e da Ordem para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública.

As Forças Armadas participaram do trabalho com o uso de cães farejadores e de especialistas em detecção de metais. Os agentes da Seap realizaram vasculhamento e varreduras táteis. De acordo com a secretaria, 380 homens participaram da ação, sendo 100 inspetores da Seap, 30 integrantes do Grupamento de Intervenção Tática e cerca de 250 militares do Exército.

“Inicialmente, precisávamos ver as condições de segurança da unidade e estávamos recebendo informações do nosso Sistema de Inteligência, que precisavam ser analisadas e processadas quanto aos indícios de existência de outros materiais que estariam escondidos em locais de difícil acesso às buscas. Por conta disso, decidimos contar com o apoio técnico e equipamento especializado do Exército, que prontamente nos atendeu. E tão logo, na segunda-feira já iniciamos o planejamento para a elaboração da ação”, esclareceu o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves.

De acordo com a Defensoria Pública do Estado, os presos da unidade sempre fazem reclamações sobre as condições e superlotação do presídio. “Fomos surpreendidos com a notícia (da rebelião). Nós acompanhamos no local a negociação para entrega dos reféns e das armas. Colocaram fogo na parte administrativa da unidade, então não pudemos retomar o nosso trabalho lá. As reclamações que escutamos dos internos são as de sempre; é uma cadeia superlotada, que já chegou a quase 3 mil homens e é a cadeia que mais morrem internos no sistema penitenciário Fluminense”, disse Emanuel Queiroz, coordenador criminal da Defensoria.

Ainda segundo a Seap, os procedimentos foram planejados para não envolver contato com os detentos. Eles deixam as celas antes dos pavilhões serem inspecionados.

Na tarde de domingo (18), uma rebelião teve início no local após uma tentativa de fuga. Um total de 18 reféns – 8 agentes penitenciários e 10 internos – que ficaram em poder dos detentos foram libertados na madrugada de segunda-feira (19).

Três armas, uma granada de efeito moral e uma lanterna, que estavam com os presos, foram entregues. Antes da libertação, o GIT (Grupo de Intervenção Tática) da Seap entrou no presídio, e três detentos foram baleados.

A rebelião

Os agentes foram rendidos durante contagem dos presos por detentos com dois revólveres e uma pistola. A PM enviou para o local o Batalhão de Choque, o Bope e todos os batalhões da Baixada Fluminense.

O presídio Milton Dias tem capacidade para 884 detentos e mantinha, em janeiro, 2.027 presos, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Em outubro foi divulgado um esquema fraudulento que garantia privilégios para alguns dos detentos no Milton Dias.

A rebelião aconteceu no dia em que a Secretaria de Administração Penitenciária informou que antecipou “medidas de controle” para evitar reações da população carcerária à intervenção federal na Segurança do Rio.

A secretaria não explicou quais foram as medidas, mas a Seap teria decretado alerta máximo nas 54 unidades prisionais do Estado, onde estão presos 51 mil detentos.

A medida, ainda de acordo com a publicação, foi tomada para evitar possíveis tentativas de fuga, após a divulgação da notícia da intervenção federal na Policia Civil, na Polícia Militar, nos Bombeiros e na própria Seap.

tags: segurança

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Temer fez intervenção no Rio de Janeiro pensando em se reeleger, disse Lula
Um ministro do STF disse que só medida emergencial não resolve a crise no Rio de Janeiro
https://www.osul.com.br/apos-rebeliao-forcas-armadas-fizeram-uma-varredura-em-presidio-de-japeri-no-rio-de-janeiro/ Após rebelião, Forças Armadas fizeram uma varredura em presídio de Japeri, no Rio de Janeiro 2018-02-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar