O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra do país após a saída do general centrista Benny Gantz e a pressão da ala de extrema direita da coalizão que o sustenta no poder.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (17) por um funcionário do alto escalão do governo. Espera-se agora que Netanyahu mantenha consultas sobre a guerra na Faixa de Gaza com um pequeno grupo de ministros, incluindo o titular da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer.
Netanyahu tem se deparado com exigências dos aliados nacionalistas religiosos da sua coligação, como o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, para serem incluídos no gabinete de guerra, uma medida que teria intensificado as tensões com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos.
No domingo (16), as Forças de Defesa de Israel anunciaram uma pausa de algumas horas nos bombardeios em Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária. A medida, que é uma exigência de aliados internacionais, como os EUA, enfureceu os ministros radicais do governo.
A guerra entre Israel e Hamas iniciou em 7 de outubro de 2023, como resposta ao um ataque do grupo terrorista que deixou cerca de 1,2 mil mortos.
Desde então, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que a ação militar israelense na Faixa de Gaza já matou 37 mil pessoas, incluindo 15 mil crianças.