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Após ser pisoteado por elefante, caçador de rinocerontes foi comido por um grupo de leões em parque na África do Sul

Há cerca de 2 mil leões no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. (Foto: Divulgação)

Após ser pisoteado por um elefante, um caçador de rinocerontes foi comido por um grupo de leões no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Outros caçadores afirmaram à família da vítima que ele havia sido morto por um elefante na terça-feira (02). Os parentes, então, notificaram a guarda florestal.

Autoridades conduziram uma busca e descobriram um crânio humano e um par de calças dois dias depois, na quinta-feira (04). A direção do parque enviou condolências à família. “Entrar no Parque Nacional Kruger ilegalmente e a pé não é [uma decisão] inteligente”, diz. “Há muitos perigos e esse incidente é prova disso”.

O Parque Nacional Kruger sofre com caçadores ilegais. Eles matam rinocerontes para vender seus chifres em países asiáticos, onde se acredita que tenham propriedades medicinais. No sábado (06), as autoridades aeroportuárias de Hong Kong, na China, apreenderam o maior chifre de rinoceronte dos últimos cinco anos, avaliado em US$ 2,1 milhões (R$ 8,14 milhões).​

Todas as espécies de rinocerontes estão sob ameaça de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza. O comércio internacional de chifres de rinoceronte foi proibido em 1977 pela Convenção sobre o CITES (Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres).

Outro caso

Em julho do ano passado, pelo menos duas pessoas suspeitas de caça ilegal de rinocerontes foram atacadas e comidas por leões numa reserva da África do Sul, segundo autoridades do país. Guardas locais descobriram os restos mortais em um local habitado por leões na reserva Sibuya, próxima da cidade de Kenton-on-Sea, no sudeste do país. A Sibuya é considerada uma reserva de caça, onde alguns animais podem ser abatidos por caçadores regularizados. Um rifle de alta potência e um machado também foram encontrados junto aos corpos.

Criminosos

O dono da reserva Sibuya, Nick Fox, disse acreditar que os caçadores ilegais tenham entrado na reserva.  “Eles deram de cara com um grupo de leões. Como era um grupo grande, não tiveram muito tempo [para reagir]”, disse. “Não temos certeza de quantos caçadores eram – sobrou pouca coisa deles”, afirmou.

Uma equipe de guardas encontrou também alicates para cortar cercas – equipamento que geralmente é carregado pelos caçadores ilegais. Vários leões tiveram que ser sedados com dardos tranquilizantes antes que os restos pudessem ser recuperados. A polícia local também passou a patrulhar a área, para o caso de algum outro caçador ilegal ser encontrado. Só em 2018, nove rinocerontes foram mortos na província de Eastern Cape, onde está a reserva. E mais de 7 mil animais foram mortos na África do Sul na última década.

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