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Após sobrevoar Lua de perto, cápsula Orion inicia trajetória de retorno à Terra

Esta era a última grande manobra da missão, que começou com a decolagem do novo megafoguete Artemis da Nasa em 16 de novembro. (Foto: Divulgação/NASA)

A cápsula espacial Orion sobrevoou nesta segunda-feira a Lua a menos de 130 quilômetros de sua superfície, uma manobra que marca o início da viagem de retorno à Terra dessa primeira missão do programa Artemis da Nasa. Ao realizar a proximidade do sobrevoo, a nave espacial aproveitou a atração gravitacional da Lua para ganhar impulso em sua trajetória de retorno.

A comunicação com a cápsula foi interrompida durante 30 minutos, quando passou por trás da face oculta da Lua. O objeto também deveria sobrevoar os locais de pouso da missão Apollo. O impulso essencial do motor principal do Módulo de Serviço Europeu, que propulsiona a cápsula, durou pouco mais de três minutos.

Esta era a última grande manobra da missão, que começou com a decolagem do novo megafoguete Artemis da Nasa em 16 de novembro, para uma viagem que deveria durar 25 dias e meio no total. Agora, a Orion apenas vai passar por ligeiras correções de rumo até pousar no Oceano Pacífico, na cidade americana de San Diego, na Califórnia, no próximo domingo às 14h40 em Brasília. A aeronave será recuperada e içada a bordo de um navio da Marinha dos Estados Unidos.

Seis dias em órbita

Durante a missão, a Orion passou cerca de seis dias em uma órbita remota no entorno da Lua. Há uma semana, a nova nave espacial quebrou o recorde de distância para uma cápsula habitável, aventurando-se a pouco mais de 432.000 km de nosso planeta, mais longe que as missões Apollo.

A cápsula não leva passageiros, mas o propósito dessa missão da Artemis 1 é verificar que o veículo seja seguro para, no futuro, transportar tripulação. O objetivo principal é testar a resistência do escudo térmico da Orion, o maior já construído, durante a entrada na atmosfera terrestre a uma velocidade de 40.000 km/h. Ele terá de suportar uma temperatura de 2.800°C, cerca de metade da que ocorre na superfície do Sol.

Com o programa Artemis, os americanos pretendem estabelecer uma presença duradoura na Lua, com o objetivo de se preparar para uma viagem a Marte. A missão Artemis 2 levará astronautas à Lua, mas não pousará no satélite natural. Essa honra ficará reservada para a tripulação do Artemis 3, que alunissará pela primeira vez no polo sul da Lua. Oficialmente, essas missões acontecerão em 2024 e 2025, respectivamente.

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