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Após Superterça, Nikki Haley desiste de disputa pela Casa Branca

(Foto: Reprodução)

Nikki Haley, a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas) e pré-candidata à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, anunciou nesta quarta-feira (06) que vai deixar a corrida eleitoral.

Em pronunciamento, ela se recusou a apoiar Trump, defendeu a renovação e disse que a política é sobre conquistar as pessoas, e não sobre rejeitá-las. Com a desistência, Trump se torna o único pré-candidato republicano e ainda mais próximo de ser confirmado para concorrer à presidência pela sigla. Haley era a única rival de Trump na disputa interna do partido.

Em rápido discurso em Charleston, na Carolina do Sul, seu berço político, ela disse que não apoiará Trump. “Cabe agora a Donald Trump ganhar os votos daqueles no nosso partido que não o apoiaram, e espero que o faça”, disse ela. “Agora é a hora de escolher.”

Ela disse que a “a causa conservadora precisa urgentemente de mais pessoas”. “Na melhor das hipóteses, a política consiste em trazer as pessoas para a sua causa, e não em rejeitá-las.”

A agora ex-pré-candidata anunciou a desistência em pronunciamento nesta manhã, após a imprensa norte-americana noticiar que ela deixaria a corrida mais cedo. A decisão da desistência, segundo a imprensa norte-americana, foi impulsionada pelos resultados da Superterça, a votação simultânea de 15 estados realizada na terça-feira (05) que concretizou uma vitória avassaladora de Donald Trump do lado republicano.

Trump venceu na maioria dos estados. A Superterça elege cerca de um terço dos delegados – que representam os candidatos — do Partido Republicano em disputa. Dos 15 estados que realizaram prévias, Trump saiu vencedor em 14, incluindo Califórnia e Texas, os dois maiores colégios eleitorais do país. Haley venceu apenas em Vermont.

Nesta madrugada, sua campanha já sofria pressão pela desistência, mas declarou que Nikki Haley estava “honrada” pelo apoio dos eleitores.

Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, Haley é atualmente a única rival de Trump na disputa pelo Partido Republicano. Ela vem insistindo que não deixará a campanha, apesar de seu rival já ter conquistado uma maioria esmagadora de delegados.

Haley argumentava que era preciso permanecer na campanha para mostrar que há oposição, dentro do Partido Republicano, à candidatura de Donald Trump.
A ex-embaixadora na ONU também poderia se beneficiar de uma eventual decisão da Suprema Corte sobre a imunidade de Donald Trump desfavorável ao ex-presidente. Caso isso acontecesse, ela se tornaria a candidata automática do Partido Republicano, já que ninguém mais seguia na disputa.

No entanto, na segunda-feira (04), os juízes da Suprema Corte decidiram, de forma unânime, que Trump está autorizado a concorrer à presidência dos EUA. Os magistrados julgavam um recurso da defesa de Trump a uma decisão prévia da Justiça do Colorado, que havia proibido o ex-presidente de concorrer no estado, com o argumento de que ele apoio uma insurreição – a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.

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