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Após surto de rotavírus, Universidade Federal de Santa Maria retoma aulas presenciais

Autoridades locais registraram mais de 300 notificações de vômito e diarreia aguda. (Foto: Divulgação/UFSM)

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) retomou nessa quarta-feira (2) as aulas presenciais, suspensas por dois dias devido a vários casos agudos de vômito e diarreia (gastroenterite) na comunidade acadêmica. Possivelmente associado a infecção por rotavírus, o surto motivou mais de 300 notificações à Secretaria de Saúde do município na Região Central do Estado.

Ao menos quatro estudantes tiveram confirmado o diagnóstico de rotavírus. Segundo a direção da UFSM, a orientação das autoridades locais é de que os alunos com náusea e outros problemas compatíveis não circulem em espaços públicos e só retomem as atividades fora de casa após 24 horas sem sintomas.

Durante a suspensão das aulas, os serviços essenciais continuaram funcionando normalmente. Os ambientes dos dois campus da instituição foram desinfetados, mas algumas medidas prosseguem.

Um dos cuidados está relacionado ao restaurante universitário, ainda restrito a residentes da Casa do Estudante e outros grupos internos. O retorno à normalidade deve ocorrer na semana que vem.

Entenda

Vírus RNA da família “Reoviridae”, o rotavírus (ou rotavirose) é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave. Os pacientes mais comuns são crianças menores de 5 anos, mas indivíduos de todas as idades são suscetíveis à infecção. Se não houver tratamento adequado, o quadro pode evoluir para complicações fatais.

A transmissão se dá por via fecal-oral (contato pessoal, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados e propagação pelo ar). O período médio de incubação é de dois dias. Quanto à transmissibilidade, costuma ocorrer no terceiro ou quarto dia a partir dos primeiros sintomas.

Como o rotavírus geralmente é autolimitado, o paciente deve ser tratado por meio da reposição de líquidos e minerais, a fim de prevenir ou corrigir a desidratação, bem como o manejo nutricional adequado. É fundamental a busca por atendimento médico.

Prevenção

Já a prevenção inclui vacina específica, ministrada antes dos 6 meses de idade, com duas gotinhas em um intervalo mínimo de 30 dias. Recomendam-se, ainda, os seguintes cuidados.

– Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais.

– Desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos.

– Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados).

– Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação.

– Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados.

– Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado.

– Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.

(Marcello Campos)

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