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Após ter chegado a R$ 5,70, dólar fecha a semana a R$ 5,46

Bolsa de valores subiu 0,11% e registra quinta alta consecutiva. (Foto: Freepik)

Apesar da turbulência intensificada pelo aumento das críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à condução do Banco Central, por Roberto Campos Neto, o câmbio do dólar conseguiu se recuperar e encerrou a semana em queda de 2,29%. Ao final do pregão, a moeda norte-americana passou a valer R$ 5,46 para a venda comercial, com uma queda de 0,46% nesta sexta-feira (5).

Com o desempenho dessa sexta, o dólar encerrou a primeira semana de julho com recuo de 2,29%. Desde terça-feira (2), quando fechou em R$ 5,66, o dólar cai 3,58%. A cotação chegou a subir durante a manhã, atingindo R$ 5,53 por volta das 11h, mas recuou durante a tarde, até fechar próxima da mínima do dia. A divisa, no entanto, acumula alta de 12,6% em 2024.

Se no início da semana, o presidente voltou a atacar o BC, com críticas à autonomia da autarquia – instituída em 2021 – e à condução da política monetária, desde quarta-feira (3/7), Lula tem evitado entrar em conflito com o mercado. Uma reunião nesta data serviu para realinhar o posicionamento e as estratégias do governo com a comunicação das políticas fiscais.

Bolsa de Valores

A bolsa de valores subiu pelo quinto dia consecutivo. No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, alternou altas e baixas ao longo da sessão, mas fechou aos 126.303 pontos, com pequena alta de 0,11%. Com alta de 1,93% na semana, a bolsa brasileira acumula a terceira alta semanal consecutiva.

Tanto fatores domésticos como externos influenciaram o mercado nesta sexta-feira. No plano doméstico, os investidores ainda repercutem o anúncio recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo pretende cortar R$ 25,2 bilhões em despesas obrigatórias no Orçamento de 2025 e contingenciar (bloquear temporariamente) parte das verbas para 2024.

Cenário externo

No plano internacional, no entanto, a moeda norte-americana caiu em todo o planeta por causa do abrandamento da criação de empregos nos Estados Unidos. Embora a economia norte-americana tenha aberto 206 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em junho, os números de maio foram revisados para baixo, de 272 mil para 218 mil. Isso fez a taxa de desemprego nos Estados Unidos subir de 4% para 4,1%.

Os dados sugerem uma desaceleração na economia norte-americana, o que abre espaço para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) corte os juros básicos no segundo semestre. Taxas menos altas em economias avançadas estimulam a migração de capitais externos para países emergentes, como o Brasil.

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