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Após tomar posse como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump declara emergência nacional na fronteira

O republicano Donald Trump tomou posse nessa segunda-feira (20) como 47° presidente dos Estados Unidos.

Com a promessa de pôr “a América em primeiro lugar novamente”, ecoando seu famoso slogan de campanha, o republicano Donald Trump tomou posse nessa segunda-feira (20) como 47° presidente dos Estados Unidos, um retorno triunfal ao poder após quatro anos de administração democrata. Em seu primeiro discurso logo após ser empossado, Trump declarou emergência nacional nas fronteiras do sul para “impedir as entradas ilegais” no país – uma das muitas medidas já esperadas em seus primeiros minutos no cargo –, disse que encerrará programas governamentais que promovem diversidade e inclusão, reiterou intenções expansionistas, afirmou que as liberdades do povo serão “restauradas” e prometeu “reequilibrar a balança da Justiça” americana.

“A era de ouro da América começa agora mesmo”, declarou Trump ao iniciar seu discurso inaugural de 29 minutos. “Minha eleição é um mandato para reverter completa e totalmente uma traição horrível e todas essas muitas traições que ocorreram, e devolver às pessoas sua fé, sua riqueza, sua democracia e, de fato, sua liberdade. A partir deste momento, o declínio da América acabou.”

Trump subiu os degraus da entrada principal da Casa Branca, sede da Presidência americana, em uma manhã gelada, mas ensolarada de inverno, após comparecer a um culto na Igreja Episcopal de St. John com sua esposa, Melania.

Ao meio-dia, horário de Washington (14h em Brasília), o 47º presidente da maior potência do mundo iniciou seu segundo mandato, sucedendo ao democrata octogenário Joe Biden. Aos 78 anos, Trump se tornou também a pessoa mais velha a assumir o cargo no país. Já J.D. Vance, por outro lado, se tornou o terceiro vice-presidente mais jovem da História ao tomar posse ao lado de Trump nesta segunda-feira, aos 40 anos.

Sentindo-se justificado pelos eleitores após impeachments, indiciamentos e condenações em 34 acusações criminais, Trump reivindicou em seu discurso um mandato pessoal, bem como político, citando seu retorno como uma intervenção divina:

“Minha vida foi salva por um motivo. Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente”, disse Trump em seu discurso, referindo-se à tentativa de assassinato que ocorreu em um comício político na Pensilvânia no ano passado.

Prometendo “reconquistar” a soberania do país e “restaurar” a segurança sob sua liderança, o primeiro discurso de Trump reforçou, em grande parte, suas promessas de campanha, com ênfase em questões espinhosas, como a imigração irregular. Uma de suas primeiras ações nesse tema, alvo de um de seus primeiros decretos, foi declarar emergência nacional na fronteira com o México:

“Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos locais de onde vieram”, declarou Trump, acrescentando que vai enviar tropas para a fronteira sul para “repelir a invasão desastrosa do nosso país”.

O presidente enfatizou que vai restaurar o programa conhecido como ‘Stay in Mexico’, de sua primeira gestão, que obriga os requerentes de asilo a permanecerem no país vizinho até que tenham uma consulta com um tribunal de imigração dos Estados Unidos.

“Também designaremos os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. E, invocando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, instruirei nosso governo a usar todo o imenso poder das forças policiais federais e estaduais para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para nós, solo, incluindo nossas cidades e centros urbanos”, anunciou.

Trump, cujas políticas anti-imigração ganharam popularidade mesmo entre as comunidades imigrantes que vivem nos EUA, também disse que planeja acabar com o direito à terra, que garante automaticamente a cidadania a qualquer pessoa nascida no país. As informações são do jornal O Globo.

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