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Mundo Após um ano de guerra contra a Ucrânia, presidente russo quer utilizar arma de alcance internacional

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Na semana, Putin anunciou o início da operação de outros sistemas nucleares. (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu colocar em serviço ainda este ano o modelo mais recente de míssil balístico intercontinental do país, o Sarmat, um sistema ultrapotente que supostamente registrou falhas, segundo fontes americanas.

“Prestamos atenção especial, como sempre, ao reforço da tríade nuclear. Este ano, os primeiros lançadores do sistema de mísseis Sarmat serão colocados em serviço”, disse em um vídeo publicado na véspera do primeiro aniversário da ofensiva contra a Ucrânia e no Dia do Defensor da Pátria, feriado na Rússia.

Na última terça-feira (21), em um discurso anual muito aguardado, Putin anunciou o início da operação de outros sistemas nucleares, sem mencionar quais, e a suspensão da participação da Rússia no tratado Novo Smart, o último acordo bilateral de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.

O Sarmat, cujo lançamento foi anunciado para 2022, foi descrito por Putin em abril do ano passado como um míssil capaz de “provocar o fracasso de todos os sistemas antiaéreos” e que “fará refletir duas vezes aqueles que tentam ameaçar” a Rússia.

O sistema integra a série de mísseis apresentados em 2018 como “invencíveis” pelo presidente russo. Ele afirmou que o Sarmat, chamado de Satã II pelos ocidentais, tem um alcance quase ilimitado.

Mas de acordo com o canal “CNN”, que citou fontes americanas que pediram anonimato, o teste mais recente do Sarmat fracassou esta semana. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se recusou a comentar a afirmação.

“Todas as informações que merecem ser tornadas públicas são processadas pelo canal do ministério da Defesa”, disse, ao mesmo tempo que fez um alerta contra as “provocações” ocidentais.

China

Putin afirmou, durante a visita do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, que a relação entre Rússia e China “estabiliza a situação internacional” . A visita de Wang Yi à Rússia ocorre enquanto a China tenta mediar o conflito ucraniano para encontrar uma solução política.

“As relações internacionais são complicadas hoje. Neste contexto, a cooperação entre China e Rússia é de grande importância para a estabilização da situação internacional”, declarou o presidente russo.

Vladimir Putin raramente recebe autoridades estrangeiras que não sejam chefes de Estado, o que ressalta os laços entre o Kremlin e a China. “Estamos alcançando novos horizontes”, afirmou Putin, acrescentando que espera que o presidente chinês, Xi Jinping, visite a Rússia na primavera boreal.

Wang Yi manifestou a vontade de Pequim de “reforçar a parceria estratégica e a cooperação em todas as direções” com Moscou.  As relações russo-chinesas “não são dirigidas contra terceiros países e resistem às suas pressões”, enfatizou. O chefe da diplomacia chinesa foi recebido no Kremlin após encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

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