Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2024
Cerca de 371 pessoas estavam diretamente ligadas ao desenvolvimento de um carro elétrico próprio da Apple.
Foto: DivulgaçãoA Apple não passou ilesa pela onda de demissões que atingiu as empresas de tecnologia nos últimos dois anos. No final de março, a empresa notificou mais de 600 funcionários sobre o fim de seus postos de trabalho nos EUA, marcando o primeiro grande corte realizado pela companhia do iPhone pós-pandemia.
As informações foram divulgadas pela agência de notícias Bloomberg, que afirmou que as demissões têm relação direta com o fim da divisão que desenvolvia carros elétricos e displays de relógios inteligentes.
Ao todo, 614 trabalhadores em vários escritórios foram avisados em 28 de março de que estavam perdendo seus empregos, com as demissões entrando em vigor em 27 de maio, de acordo com relatórios enviados às autoridades regionais.
De acordo com os registros da Lei de Notificação de Ajuste e Retreinamento de Trabalhadores (WARN, na sigla em inglês), funcionários foram demitidos de oito escritórios em Santa Clara, além de trabalhadores atingidos em outras cidades da Califórnia.
Ao menos 87 pessoas estavam relacionadas a um projeto assinalado como secreto dentro da Apple, que desenvolvia uma nova geração de telas para dispositivos da empresa. A divisão foi eliminada por conta dos custos e do difícil acesso a componentes necessários para o produto.
Cerca de 371 pessoas estavam diretamente ligadas ao desenvolvimento de um carro elétrico próprio da Apple, em uma das bases da empresa em Santa Clara. Segundo a Bloomberg, alguns dos funcionários envolvidos nesse projeto foram realocados para outras áreas dentro da companhia, principalmente para setores de inteligência artificial (IA). A divisão de carros elétricos foi cancelada na Apple devido a preocupações com custos. Aproximadamente 2 mil funcionários trabalhavam no projeto.
A empresa de Cupertino, Califórnia, foi uma exceção notável durante a pandemia, já que outras empresas de tecnologia, como Meta, Google e Amazon, trabalharam para reduzir suas forças de trabalho nos últimos dois anos por conta da crise – só a Meta demitiu mais de 21 mil funcionários entre 2022 e 2023. Em um recente registro regulatório, a Apple disse que tinha cerca de 161 mil funcionários em tempo integral.