Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2025
A Apple aceitou pagar US$ 95 milhões em dinheiro para encerrar uma ação coletiva, segundo a qual a Siri, assistente de voz da fabricante do iPhone, violava a privacidade dos usuários ao ”escutar ” suas conversas. Conforme a agência de notícias Reuters, um acordo preliminar foi apresentado nesta semana no tribunal federal de Oakland, Califórnia. Para ser efetivado, no entanto, requer aprovação do juiz distrital dos Estados Unidos, Jeffrey White.
Proprietários de dispositivos móveis reclamaram que a Apple costumava gravar suas conversas privadas após a ativação acidental da Siri e divulgava o conteúdo desses diálogos para terceiros, como anunciantes.
Ao menos dois participantes da ação reclamaram que menções aos tênis Air Jordan e aos restaurantes Olive Garden geraram anúncios desses produtos. Outro afirmou ter recebido anúncios de um tratamento cirúrgico de marca após discuti-lo, aparentemente em particular, com seu médico.
O período da ação coletiva vai de 17 de setembro de 2014 a 31 de dezembro de 2024. Trata-se de um processo judicial iniciadio quando a Siri incorporou o recurso “E aí, Siri?”, que supostamente levou às gravações não autorizadas.
A Apple negou qualquer irregularidade ao concordar com o acordo. Porém, tanto a empresa, com sede em Cupertino (Califórnia), quanto seus advogados não responderam aos pedidos de comentário feitos pela agência de notícias. Igualmente procurados pela reportagem, os advogados dos reclamantes também não se manifestaram.
Os integrantes da ação coletiva, estimados em dezenas de milhões, podem solicitar até US$ 28,5 milhões em honorários, além de US$ 1,1 milhão para despesas, provenientes do fundo de liquidação.
