Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2022
A causa do grande prejuízo foi o “rebaixamento” da empresa num relatório do Bank of America
Foto: Apple/DivulgaçãoAs ações da Apple registraram forte queda nesta quinta-feira (29) e, em apenas um dia, a empresa perdeu US$ 120 bilhões em valor de mercado nas Bolsas dos EUA. Os papéis recuaram 4,9%, num dia em que as ações de outras big techs também recuaram. Os papéis de Amazon e Alphabet (controladora da Google) recuaram quase 3%, enquanto as ações da Microsoft caíram 1,5%.
A Meta, controladora do Facebook, viu suas ações recuarem 3,7% depois que o presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, apresentou planos para congelar as contratações e reduzir o número de funcionários da companhia pela primeira vez. As ações da gigante da mídia social já caíram 59% este ano em meio à desaceleração do crescimento de usuários.
Mas o que provocou a forte desvalorização da Apple, que até então vinha sendo poupada das perdas das big techs na Bolsa este ano?
A fabricante do iPhone foi “rebaixada” num relatório do Bank of America. Analistas do banco mudaram sua recomendação para os papéis de “compra” para “neutro”, alertando que a demanda dos consumidores pelos produtos da Apple será mais fraca.
Paraíso perdido
Até esta quinta-feira, a Apple vinha sendo tratada como um “paraíso” entre as empresas de tecnologia. Enquanto outras ações do setor sofriam fortes quedas, em meio a temores de uma recessão global, os papéis da fabricante de iPhones tinha desvalorização relativamente menor.
A empresa, que é a de maior valor de mercado do mundo, com US$ 2,3 trilhões em ações em Bolsa, perdeu cerca de 20% este ano – bem menos do que a queda média de 32% do conjunto das companhias negociadas no índice Nasdaq, do setor de tecnologia.
Mas o relatório desta quinta-feira do Bank of America foi uma ducha de água fria com o até então otimismo relativo com a Apple. Os analistas do banco alertaram que a demanda pelos serviços da Apple já diminuiu e a compra dos produtos da empresa provavelmente seguirá caindo. E lembraram que um dólar mais forte frente às principais divisas globais complica ainda mais a situação da empresa.
Embora “as perspectivas de longo prazo da Apple permaneçam favoráveis”, o BofA espera revisões de estimativas negativas e riscos de avaliação no curto prazo.