Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2015
A reprovação à gestão da presidenta Dilma Rousseff caiu de 71%, em agosto, para 67%, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha dos dias 25 a 26 deste mês. Trata-se de uma novidade, considerando que não havia registro de variação maior que dois pontos neste indicador desde agosto de 2014, ainda durante a campanha eleitoral pela reeleição.
Não é a ocasião, porém, para que os governistas saiam comemorando. Os 67% de avaliação negativa da governante petista foi a segunda pior marca numérica desde sua posse, em 2011. Além disso, a queda de quatro pontos na reprovação não significou um aumento proporcional na aprovação.
Agora, 10% julgam a administração Dilma como boa ou ótima, só dois pontos acima dos 8% apurados em agosto, o pior índice de todos os mandatários desde o primeiro levantamento feito pelo Datafolha em 1990 ainda no governo de Fernando Collor. A margem de erro no trabalho com 3,5 mil pessoas foi de dois pontos percentuais.
Além da Operação Lava-Jato, que mancha a imagem da Petrobras e atinge figuras importantes do PT e de sua base no Congresso, o persistente pessimismo geral com a economia ajuda a explicar as dificuldades de Dilma. Para 77%, a inflação crescerá no próximo período, taxa altíssima na comparação com os anos anteriores e praticamente inalterada desde março.
Na opinião de 67%, o poder de compra da população diminuirá. O emprego, tema forte no discurso de Dilma, é visto com inédito pessimismo pelos eleitores. Para 76%, o desemprego crescerá ante 73% que acreditavam nisso na última pesquisa do Datafolha. (Folhapress)