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Economia Aproximadamente 15% dos brasileiros diz ter se endividado durante a pandemia do coronavírus

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É possível desistir do empréstimo em até sete dias desde a data da assinatura do contrato. (Foto: Reprodução)

Aproximadamente 15% dos entrevistados de uma pesquisa afirmam ter se endividado durante a pandemia de coronavírus e 21% consideram que vão se endividar nos próximos meses.

É o que mostra um levantamento feito na última semana com cerca de 2 mil pessoas pela consultoria Consumoteca.

Segundo os dados, 20% dizem que perderam seus empregos no período e a maioria considera que a economia do país está fraca, vai piorar nos próximos meses e só começará uma recuperação entre 2021 e 2022.

A pesquisa ainda mostra que 20% dos entrevistados começaram a usar banco online durante o isolamento, mas 37% afirmam que não conseguem realizar todas as operações pela internet. (Por Naomi Matsui)

Perda da renda

A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus já achatou a renda de 40% dos trabalhadores brasileiros. E, por isso, também já provoca efeitos significativos na inadimplência, no medo do desemprego e no consumo da população brasileira.

A conclusão é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que analisou o impacto da covid-19 na economia brasileira por meio de um estudo foi realizado em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. A pesquisa ouviu mais de dois mil trabalhadores no início deste mês, pelo telefone, e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.

Do total de brasileiros entrevistados pela CNI, 23% já perderam totalmente a renda e outros 17% viram o rendimento mensal cair nos últimos 40 dias. Isso significa que quatro em cada 10 brasileiros já perderam poder de compra desde o início da pandemia.

A perda de renda já rebate diretamente na já elevada taxa de inadimplência brasileira. Segundo a CNI, 15% dos brasileiros ficaram endividados nesse período, fazendo com o nível de endividamento da população brasileira saltasse para 43%. E 40% desse pessoal estão com uma dúvida em atraso – dos quais a maioria (57%) entrou na taxa de inadimplência só durante a pandemia do coronavírus.

E ainda tem muita gente com medo de perder o emprego e, consequentemente, engrossar o coro de brasileiros que perdeu renda e ficou endividado nessa crise. De acordo com a pesquisa da CNI, quase metade (48%) dos trabalhadores tem muito medo de ficar sem trabalho por conta da crise do coronavírus. Outros 19% ainda têm um “medo médio” e 10% um “medo pequeno”. O total de trabalhadores que teme acabar a pandemia ser ter onde trabalhar representa, portanto, a grande parte da força de trabalho brasileira: 77%.

Consumo

Essas incertezas sobre o futuro das suas contas também têm feito muitos brasileiros revisarem as suas necessidades de consumo. De acordo com a CNI, os mesmos 77% de brasileiros que têm medo de perder o emprego decidiram reduzir o volume das suas compras durante a pandemia do novo coronavírus.

“De cada 4 brasileiros, 3 disseram que reduziram seus gastos após o início das medidas de isolamento social. Essa redução é considerada grande para 40% e média para 45%. Dentre quem reduziu seus gastos, 42% justificam pela insegurança quanto ao futuro, 30% por ter perdido ao menos parte da renda e 26% devido ao isolamento em si”, afirma a pesquisa da CNI.

A pesquisa ainda diz que, como o consumo nesse tempo de pandemia tem sido focado nos bens essenciais, apenas três setores apresentaram aumento de demanda nos últimos 40 dias: produtos de limpeza (68% de ampliação de gastos), produtos de higiene pessoal (56%) e alimentos comprados em supermercados (49%). Na ponta contrária, os setores atingidos mais negativamente pela redução do consumo são os de calçados (40% de queda dos gastos), roupas (- 37%), cosméticos (- 32%) e móveis (- 31%).

Cerca de metade dos trabalhadores consultados pela CNI ainda admite que essa preocupação em controlar os gastos pode persistir no pós-pandemia. Afinal, muitos brasileiros devem adiar compras não essenciais, seja por conta do medo de ficar sem emprego ou por conta do receio de ir a locais fechados.

Segundo a CNI, 48% dos brasileiros pretendem reduzir a ida a shoppings depois da reabertura do comércio. E outros 29% admitem até que essa redução de gastos será permanente. Por isso, é possível que a retomada econômica seja mais lenta que o esperado para setores não essenciais como roupas, eletrodomésticos e móveis.

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https://www.osul.com.br/aproximadamente-15-dos-brasileiros-diz-ter-se-endividado-durante-a-pandemia/ Aproximadamente 15% dos brasileiros diz ter se endividado durante a pandemia do coronavírus 2020-05-17
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