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Por Redação O Sul | 30 de julho de 2018
A gastrite é um mal comumente causado pela bactéria Helicobacter pylori e pode se manifestar no organismo de diversas formas, porém a maioria dos pacientes infectados não apresenta sintomas. Segundo o gastroenterologista Eduardo Wink, médico do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP), em torno de 50% da população mundial é infectada por ela.
O médico esclarece que dependendo da parte do estômago afetada há aumento da produção de secreção ácida, que pode levar à formação de úlceras. Além disso, a bactéria é capaz de modificar o tecido do estômago, o que, em alguns casos, pode desencadear a formação de câncer. “Toda essa situação pode ser evitada quando ocorre a erradicação da Helicobacter pylori, mas nem todos pacientes necessitam deste tratamento”, explica.
A gastrite também pode surgir por uso de anti-inflamatórios não esteroides, alcoolismo, tabagismo, doenças autoimunes, uso de drogas, entre outros. “O paciente portador do Helicobacter pylori, em uso conjunto de anti-inflamatórios, tem risco muito mais elevado de desenvolver úlceras”, diz o especialista.
Wink salienta que a gastrite muitas vezes não gera sintoma algum. “Os sintomas que as pessoas associam à gastrite, na verdade chamamos de dispepsia, que é a sensação de desconforto digestivo que ocorre após as refeições. Nem toda a dispepsia é gastrite, assim como nem toda a gastrite causa dispepsia”, explica.
Os sintomas da dispepsia são dor no estômago, plenitude pós alimentar e saciedade precoce. Podem estar associados náuseas e vômitos. Alguns sintomas são semelhantes ao da gastroenterite aguda infecciosa, que geralmente é causada por vírus e outras bactérias, porém esta se manifesta de forma aguda e com diarreia.
A orientação é procurar um especialista no sistema digestivo, pois somente ele poderá orientar qual o medicamento e a dosagem correta, bem como a duração do tratamento. “É importante nunca se automedicar, pois em determinadas situações o tratamento pode mascarar o verdadeiro problema. Além disso, cuidar da alimentação e do consumo de bebidas é fundamental para ajudar na recuperação”, finaliza Wink.
Grupo GAMP
O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) atua desde 2006 na prestação de serviços junto a governos municipais e estaduais em várias regiões do Brasil, se destacando pela gestão transparente, capacidade de administração de equipamentos de saúde e recursos públicos com responsabilidade. Com sede na capital paulista, atualmente está presente no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde é responsável pela gestão de quatro unidades de saúde em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre: o Hospital Universitário (HU), o Hospital de Pronto Socorro (HPSC), duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Mais informações no site: www.grupogamp.org.br