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Arcabouço fiscal já recebeu 31 sugestões de emendas em comissão do Senado

Se regra fiscal não for sancionada até 31 de agosto, Orçamento de 2024 terá de ser elaborado com base no atual teto de gastos. (Foto: Divulgação/Senado)

O texto do novo arcabouço fiscal já recebeu 31 emendas na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal. Parte das sugestões pretende deixar o texto mais rigoroso enquanto outras propõem flexibilizar as regras do projeto.

A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados com o apoio de 372 deputados em maio. Se o conteúdo do projeto for alterado pelos senadores, o texto precisará passar por um novo escrutínio na Câmara.

O arcabouço foi elaborado pelo governo para substituir o teto de gastos. No teto, o crescimento das despesas do governo fica limitado à inflação do ano anterior.

O arcabouço é mais flexível. Em linhas gerais, atrela o crescimento das despesas ao crescimento das receitas. Com isso, o governo tenta aumentar o poder de investimento sem comprometer as contas públicas.

O PP, com 14 sugestões, lidera a lista de emendas apresentadas ao texto até o momento. As emendas podem ser acatadas ou rejeitadas pelo relator, senador Omar Aziz (PSD-AM). Metade das emendas protocoladas pelo partido é de autoria da senadora Teresa Cristina (PP-MS) e a outra metade do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

As sugestões buscam, em sua maioria, endurecer o texto vindo da Câmara, como: reduzir os limites de crescimento do gasto público, atrelando à trajetória da dívida (quanto maior o endividamento em relação ao PIB, menor seria o espaço para gasto e vice-versa); suprimir o artigo 15, que abre espaço para gastos extras em 2024; suprimir trecho que também abre espaço para gasto extra em 2024 com base no diferencial de inflação; deixar mais rigorosos os parâmetros que levam ao acionamento de travas para criação de novos gastos ou então prever o acionamento mais rápido dessas travas (após um ano de descumprimento da meta e não de dois anos); prever que o descumprimento das metas fiscais represente infração, retomando a possibilidade de punição de agentes públicos.

O PSDB é o segundo partido que mais apresentou emendas ao texto, com seis sugestões. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) é autor de cinco delas – todas apresentadas a pedido de Izalci Lucas (PSDB-DF) – líder do partido na Casa. A outra emenda foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).

 

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