Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os candidatos à Presidência podem vir com a conversa que quiserem. Menos prometer que mudarão o que for preciso com facilidade. Na Câmara dos Deputados, tramitam 1 mil e 100 propostas de emenda da Constituição e, no Senado, outras 536. Para aprovar, só com o apoio de 308 deputados federais e 49 senadores. Qualquer que seja o eleito, não alcançará os votos necessários antes de concessões a custo insuportável. Quer dizer, não haverá dinheiro para satisfazer a todos.
Mantêm distância do problema
A 21 dias do começo das campanhas eleitorais, não se ouve falar na deterioração das contas públicas. O endividamento cresce e o governo federal chegará em 2019 ao sexto ano consecutivo com déficit.
Viajarão demais
Não faltarão candidatos que vão ultrapassar o terreno da demagogia para entrar no campo do devaneio inconsequente.
Insistir não custa
Advogados do PT se dedicam à pesquisa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para localizar decisões de candidatos a prefeito que foram condenados pela Justiça, mas conseguiram o registro e depois concorreram.
O TSE não desconhece pesos e medidas.
Mais uma tentativa
O PT deu asas à imaginação, pedindo que Sérgio Moro fosse considerado suspeito para julgar o ex-presidente Lula na Operação Lava-Jato. O Tribunal Regional Federal nunca cogitou dar tiro no próprio pé.
Condenado e valorizado
Onde está o Valdemar? Esta é uma das perguntas mais frequentes entre dirigentes de vários partidos que pretendem tê-lo como aliado.
O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto envolveu-se em escândalos, foi preso e condenado a sete anos e dez meses no julgamento do mensalão. Hoje, comanda o PR, do qual é funcionário remunerado. Leva no bolso do colete 1 minuto e meio por dia de propagada em rádio e TV.
Vazou
Ciro Gomes planejava encontro muito reservado com José Dirceu. Para manter segredo, só se ficar restrito a dois. Bastou um terceiro saber e veio a público. Ciro recuou.
Precisam comprovar
Lei Complementar de 1990 proíbe a candidatura de analfabetos a cargos políticos. Determinação posterior do Tribunal Superior Eleitoral autorizou a aplicação de prova aos que deixam dúvidas quanto à capacidade de ler e escrever.
Os resultados são mantidos em sigilo, mas funcionários de tribunais regionais revelam: muitos não conseguem fazer a interpretação de histórias infantis.
Sem chance a trapaças
Donos de gráficas, mais uma vez, firmam acordo: material de propaganda eleitoral, só com pagamento adiantado. Algumas expõem nos balcões os cheques sem fundo, de campanhas anteriores, para afastar os caloteiros.
Todos em campanha
Na Câmara dos Deputados, só haverá votações em três períodos: 7 e 8 de agosto; 13 e 14 de agosto; e 4 e 5 de setembro. A mesa diretora promete descontar salários dos faltosos. Veremos.
O Senado planeja sessões plenárias na segunda e na última semana de agosto e pelo menos uma em setembro.
Atrás do dinheiro
Técnicos de nível superior da Secretaria da Fazenda mantêm linha direta com estados que também andam na penúria. Ontem, souberam que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, encaminhará à Assembleia Legislativa projeto de renegociação com 100 mil empresas que devem ao estado.
Será uma espécie de vale tudo. O funcionário perguntará ao empresário: “Quanto é que você tem em dinheiro? Passa para cá.” Com isso, Pezão pretende arrecadar 700 milhões, que ajudarão no pagamento do 13º salário do funcionalismo.
O Conselho Nacional de Política Fazendária já deu aval.
Para ironizar
O economista e diplomata Roberto Campos criou a sigla PAMG para citar as características das campanhas eleitorais: prometer, acusar, mentir e gritar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.