Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2024
Em nova visita à região gaúcha do Vale do Taquari, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nessa quinta-feira (6) a ideia de que áreas com inundação durante as enchentes de maio no Rio Grande do Sul virem praças, parques e bosques. Ele também reiterou que o governo federal reconstruirá casas destruídas, mas longe de regiões com risco de novos alagamentos.
“A gente vai ter que escolher melhor lugar para casa, melhor lugar para escola, melhor lugar para hospital”, discursou. “É preciso transformar esse lugar que encheu de água em um bosque ou uma praça, para que as pessoas possam correr, andar de bicicleta, fazer ‘cooper’, levar a família nos fins de semana. Mas não é mais concebível que se coloque essas pessoas para morar onde corram risco de vida.”
Lula declarou que acertará com prefeitos a aquisição de terrenos e que as pessoas não poderão ser vítimas, outra vez, das cheias do rio Taquari e dos problemas de manutenção e funcionamento das bombas do sistema de prevenção de cheias de Porto Alegre.
O presidente também defendeu um projeto para que a água dos rios seja levada ao mar, para reduzir o risco de enchentes, mesmo que a obra tenha valor elevado. Estudos serão realizados sobre a viabilidade de um novo canal de escoamento da Lagoa dos Patos, que recebe as águas de rios e do Guaíba.
Aquisição de imóveis
Ainda durante a visita, Lula e o ministro das Cidades, Jader Filho, assinaram portaria que permite a compra de imóveis prontos que serão destinados às famílias desabrigadas no Estado. Serão beneficiadas famílias das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida, com renda mensal de até R$ 4.400.
O limite do valor de compra e venda será de até R$ 200 mil por imóvel. Essa portaria contempla somente o Rio Grande do Sul para compra de imóveis prontos, sejam novos ou usados. A oferta das unidades será feita pela Caixa Econômica Federal, que terão de cumprir os seguintes requisitos:
– Condições mínimas de habitabilidade.
– Localização em área não condenada pela Defesa Civil.
– Registro em cartório de imóveis.
– Disponibilidade para alienação.
– Inexistência de pendências.
– Regularidade urbanística.
Essa foi a quarta viagem do presidente ao Rio Grande do Sul desde o início das enchentes, na virada de abril para maio. Após passar pelos municípios de Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio, ele anunciou novas medidas de auxílio ao Estado, incluindo um programa que dará dois salários-mínimos a trabalhadores de áreas inundadas, a fim de estimular a manutenção dos empregos.
(Marcello Campos)
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