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Brasil Armas desviadas do Exército em São Paulo iriam para o PCC e o Comando Vermelho

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Polícia do Rio apresentou armamento recuperado. (Foto: PCERJ/Divulgação)

Dois dos maiores grupos criminosos do País seriam os destinatários finais dos armamentos roubados do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri (SP). De acordo com o secretário de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, “tanto o Comando Vermelho (CV) quanto o Primeiro Comando da Capital (PCC)” tinham interesse no arsenal.

Segundo o secretário, esses grupos providenciaram a retirada dos armamentos do Arsenal “com participação, de maneira óbvia, de algum militar envolvido”. Derrite afirmou que a pasta não irá interferir na liberação dos militares que permanecem aquartelados no Arsenal de Guerra do Exército em Barueri após o desaparecimento de 21 armas. Segundo ele, essa “é uma questão do Exército”.

Desde que os armamentos foram subtraídos, quase 500 militares ficaram impedidos de sair das dependências das Forças Armadas. Quando oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro, parte dos aquartelados foi liberada, mas cerca de 160 militares permanecem impedidos de deixar o local.

Na madrugada de sábado (21), a Polícia Civil encontrou mais uma parte desses armamentos. Nove armas foram recuperadas nas imediações de São Roque, cidade a cerca de 40 quilômetros de Barueri. Ainda faltam quatro.

Segundo Derrite, houve confronto de policiais com ao menos dois suspeitos que estavam escondendo as armas recuperadas. Eles fugiram para uma região de matagal e ainda não foram encontrados.

Rio de Janeiro

As oito metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, encontradas pela Polícia Civil do Rio nessa quinta-feira, 19, estavam a caminho de reforçar o poderio bélico do Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa do Rio e que tem entre suas bases a Cidade de Deus, favela da zona oeste da cidade.

Antes de serem encontradas em um carro estacionado na entrada da Gardênia Azul, comunidade que fica ao lado da Cidade de Deus, as armas passaram pelo Complexo da Penha, na zona norte, e favela da Rocinha, na zona sul. Todas essas áreas são controladas pelo CV. Outras 13 armas ainda seguem desaparecidas após o furto do quartel.

Apesar da apreensão das armas, ninguém foi preso. “A gente ponderou entrar na Rocinha, realizar uma operação lá, mas conseguimos dados de que elas seriam transportadas e preferimos pegar essas armas ao final do transporte e não no meio, porque isso poderia gerar um confronto (da polícia com os criminosos)”, justificou Amim.

Entenda o caso

A ausência do armamento (13 metralhadoras calibre .50 e oito calibre 7,62 mm) foi notada durante uma inspeção no último dia 10. Segundo o Exército, o material era inservível e tinha sido recolhido para manutenção. Em nota, o Comando Militar do Sudeste disse que “todos os esforços estão sendo envidados para a recuperação total dos armamentos subtraídos”

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