A Arquidiocese de Porto Alegre anunciou que não realizará em 2023 a tradicional procissão de motociclistas em homenagem à Nossa Senhora Aparecida, que ocorre há quase 60 anos na Capital no dia 12 de outubro.
“Infelizmente, nos últimos 20 anos, iniciou-se um processo de vandalização da procissão. Tentou-se, de várias maneiras, reorganizar o evento, mudar certas práticas com o apoio e colaboração da EPTC, Sindimotos, Brigada Militar, Detran e imprensa. Tentativas que não surtiram efeito”, informou a Arquidiocese em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (9).
Conforme as autoridades da segurança pública, na semana que antecede a procissão dos motociclistas, ocorre o maior número de roubos e furtos de motos na cidade, e os veículos são abandonados após o evento. “Sem contar os participantes que retiram as placas ou cobrem as mesmas, não respeitando as normas de trânsito, e até mesmo há informações de agressões aos agentes da EPTC. O que era para ser um dia de manifestação de fé, tornou-se um dia de baderna”, alegou a Arquidiocese.
Na edição de 2022, ocorreu a morte de um jovem que se dirigia para participar do evento. A Arquidiocese destacou que está trabalhando na reestruturação da procissão para resgatar a sua originalidade: “Ser expressão de fé e devoção”.
O comunicado foi assinado pelo arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, e pelo padre Vanderlei Bock, assistente eclesiástico da procissão.