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Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2015
O fraco desempenho da economia e os parcelamentos especiais concedidos em 2014, que não se repetiram neste ano, fizeram a arrecadação federal atingir, em agosto, o menor nível em cinco anos. Segundo números divulgados nessa sexta-feira pela Receita Federal, foram arrecadados 93,7 bilhões de reais no mês anterior, com queda (descontada a inflação oficial) de 9,32% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor é o mais baixo para agosto desde 2010.
No acumulado de 2015, a arrecadação também caiu. De janeiro a agosto, o governo arrecadou 805,8 bilhões de reais, com redução de 3,68% em relação ao mesmo período de 2014, também descontada a inflação oficial pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O montante também é o menor para a época em cinco anos.
Segundo o Fisco, a diminuição da atividade econômica representou o principal fator de queda na arrecadação. A redução de 6,18% na produção industrial no acumulado do ano diminuiu a arrecadação de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 7,08% em valores corrigidos pelo IPCA nos oito primeiros meses de 2015.
A queda de 5,80% nas vendas de bens e de serviços reduziu a arrecadação do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) em 3,15% em igual comparação, já descontada a inflação.
O crescimento de 5,15% da massa salarial, abaixo do IPCA acumulado de 9,53% nos últimos 12 meses, fez a arrecadação da Previdência Social cair, neste ano, 4,37% em termos reais. Os tributos que lideram a queda de receitas, no entanto, são o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), que caíram 12,16% de janeiro a agosto, descontando a inflação devido a diminuição da lucratividade das empresas. (ABr)