O governo federal arrecadou R$ 171,27 bilhões em impostos e contribuições em julho, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (25) pela Receita Federal. Com correção pela inflação, o valor é o maior para o mês desde o início da série histórica do Fisco, em 1995.
Na comparação com julho do ano passado, houve um crescimento real de 35,47%, ou seja, descontada a inflação. Em relação a junho de 2021, a arrecadação avançou 23,67%.
Nos sete primeiros meses de 2021, o recolhimento de tributos federais também foi recorde, totalizando R$ 1,053 trilhão. Na comparação com o acumulado de janeiro a junho do ano passado, a alta real foi de 26,11%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que as altas expressivas na arrecadação mostram o forte impulso da economia e a previsão de um crescimento vigoroso neste ano, o que, para ele, reforça a necessidade de aprovação da reforma tributária, que está em tramitação no Congresso Nacional.
“Se, por um lado, a arrecadação tem esse ritmo acelerado, por outro lado, nós gostaríamos de transformar tudo isso em um estímulo à simplificação dos impostos e melhorar a equidade, fazer os que podem mais pagar mais”, declarou Guedes.
Resultado
Conforme a Receita Federal, o resultado da arrecadação federal pode ser explicado principalmente pelos fatores não recorrentes (que não se repetirão em outros anos), como recolhimentos extraordinários de aproximadamente R$ 24 bilhões em IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e em CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) de janeiro a julho de 2021.
O total de IRPJ e CSLL em julho foi de R$ 41,103 bilhões. Além deles, os destaques do mês foram as altas registradas na arrecadação do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): 33,21% em valores reais, corrigidos pela inflação, chegando a R$ 31,641 bilhões.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, a arrecadação federal totalizou R$ 7,64 bilhões em julho. O valor representa um aumento real de 32,8% ante o mesmo mês do ano passado.