A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 137,932 bilhões em março, valor recorde para o mês, informou a Secretaria da Receita Federal nesta terça-feira (20).
Na comparação com março do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 116,410 bilhões, houve aumento real (descontada a inflação) de 18,49%. O resultado ainda não refletiu os efeitos da segunda onda da pandemia de coronavírus no Brasil, que devem ser sentidos na arrecadação de abril.
Nos três primeiros meses deste ano, a arrecadação federal somou R$ 445,9 bilhões. O valor representa uma alta real (descontada a inflação) de 5,64% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado (R$ 426,287 bilhões), um novo recorde para o período.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado da arrecadação em março e no primeiro trimestre deste ano. Segundo ele, os bons números mostram que a atividade econômica estava se recuperando novamente, mas o ministro acrescentou que a segunda onda de Covid-19 pode ter impacto no nível de atividade.
“Estamos observando que os índices de atividade econômica do Banco Central vieram bem acima do esperado, mostrando recuperação em todos setores, até mesmo o comércio superando a fase pré-pandemia. E índices de emprego formal mostram que o Brasil se levantou. Foi derrubado pela pandemia, mas se recuperou”, disse Guedes.
Segundo ele, é preciso acelerar o ritmo de vacinação para permitir um retorno seguro ao trabalho. “A melhor política fiscal [para as contas públicas] é vacina, vacina e vacina. Porque temos de garantir o retorno seguro ao trabalho da população brasileira. É possível que haja um impacto da segunda onda”, declarou.