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A arrecadação federal cresceu 10% em janeiro e somou 155 bilhões de reais

Resultado é o melhor para o mês desde 2014. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A arrecadação de impostos, contribuições e outras receitas federais somou R$ 155,61 bilhões em janeiro, uma alta real (acima inflação) de 10,1% em relação ao mesmo mês de 2017. Segundo a Receita Federal, este é o melhor resultado para meses de janeiro desde 2014, quando foram arrecadados R$ 158,9 bilhões (em valores corrigidos pela inflação). Além do início da retomada da atividade econômica, o desempenho da arrecadação no mês passado foi influenciado por fatores atípicos, que não ocorreram em 2017.

É o caso das receitas extras geradas pelo mais recente Refis, programa de parcelamento de dívidas de pessoas físicas e empresas com a União. Em decorrência dessa medida, entraram no caixa do governo federal R$ 7,93 bilhões em janeiro. Outro fator importante foi o aumento da tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis, realizada em meados do ano passado, que gerou uma arrecadação de R$ 2,49 bilhões em janeiro – valor 111% maior do que o arrecadado em janeiro de 2017.

Arrecadação 2017

No ano passado, o governo federal arrecadou R$ 1,34 trilhão, um aumento real de 0,59%. Foi o primeiro resultado positivo após três anos seguidos de queda na arrecadação, reflexo da forte crise econômica que atingiu o País nos últimos anos.

Além do aquecimento da economia, o crescimento da arrecadação em 2017 também foi impulsionado pelo aumento da tributação sobre combustíveis e pelo novo Refis, que sozinhos, representaram uma receita extra de R$ 31,68 bilhões.

Dívida do governo recua

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, teve queda de 0,87% em janeiro, para 3,52 trilhões de reais, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26). Em dezembro do ano passado, a dívida somava 3,55 trilhões de reais.

A redução está relacionada com o alto volume de vencimentos, ou seja, de retirada de títulos públicos do mercado. No mês passado, esses resgates somaram 109,31 bilhões de reais e diminuíram a dívida nesta proporção.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, os vencimentos de janeiro representam 17% de todos os resgates previstos para este ano. “É um mês que tem concentração grande de vencimentos”, explicou.

Ao mesmo tempo, atuando em sentido contrário, de aumento da dívida pública, foram emitidos 56,81 bilhões de reais em papéis pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Já as despesas do governo com o pagamento de juros para os investidores que compraram os papéis da dívida pública foram de 21,76 bilhões de reais.

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