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Brasil Arrecadação federal recua 7,33% no primeiro semestre, o pior resultado para o período em seis anos

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O valor é o maior desde o ano 2000 (Foto: Banco de Dados)

Depois de apresentar sinais de melhora em maio, a arrecadação federal voltou a perder fôlego em junho e fechou o semestre com queda real (descontada a inflação) de 7,33% em relação ao mesmo período de 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pela Receita Federal. Esse é o pior resultado para o período em seis anos.

Em junho, o governo federal arrecadou R$ 98,129 bilhões em impostos e contribuições – a queda foi de 7,14% frente ao mesmo mês do ano passado, resultado próximo ao verificado também nos meses de janeiro, março e abril. Em maio, a queda havia sido menor, de 4,81%. Esse foi o 15º mês seguido de baixa nas receitas, que têm recuado por causa da recessão econômica, que derrubou a produção industrial, as vendas de bens e serviços e o nível de emprego, por exemplo.

A queda na arrecadação é uma das principais dificuldades enfrentadas pelo governo para equilibrar as contas públicas. Por causa, principalmente, da queda nas receitas, o governo teve de queimar na semana passada uma reserva de R$ 16,5 bilhões para evitar um aumento ainda maior no déficit nas contas federais, de R$ 170,5 bilhões.

No primeiro semestre, os tributos federais somaram R$ 617 bilhões, o menor valor desde 2010, considerando dados atualizados pela inflação. Em termos nominais, a maior perda foi a queda de R$ 9,8 bilhões nas receitas previdenciárias no semestre, seguida pelo PIS/Cofins (-R$ 9,7 bilhões) e pelos tributos sobre importações (-R$ 8 bilhões).

No sentido oposto, cresceu a arrecadação com a Cide, por causa do fim da isenção no início de 2015 – uma receita extra de R$ 2,3 bilhões. O governo teve ainda R$ 1,7 bilhão a mais com o Imposto de Renda sobre a renda do capital.

Por setores, destaca-se o aumento de R$ 7,2 bilhões no IRPJ/CSLL recolhido sobre o lucro dos bancos, o que compensa parcialmente a perda de R$ 13 bilhões acumulada por montadoras e comércio varejista e atacadista, os setores com maior queda no recolhimento.

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