Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2022
Ex-presidente participa de ato no Centro do Rio com políticos e artistas, em meio a tensão entre PT e PSB.
Foto: ReproduçãoNesta quinta-feira (7), após cerca de 1h de um ato na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), um explosivo caseiro foi atirado do lado de fora dos tapumes que delimitam a área destinada ao público. O evento, em formato de comício, terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de artistas, lideranças e dirigentes partidários que apoiam sua pré-candidatura à Presidência.
O dispositivo, feito com pavio ligado a uma garrafa PET preenchida com um material similar a fezes humanas, detonou após alguns segundos, espalhando os excrementos perto do público e deixando forte odor. Segundo a equipe de segurança, ainda não foi identificado quem atirou o objeto do lado de fora. Ninguém ficou ferido. O ato assustou o público que se concentrava próximo ao palco, no lado direito, nas imediações do Theatro Municipal.
Não é a primeira vez que apoiadores do petista são alvo de ataque desse tipo. Em Minas Gerais, durante evento de pré-campanha de Lula e do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo mineiro, manifestantes afirmaram terem sido atingidos por “água de esgoto” lançada por um drone que sobrevoou o local naquela tarde.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, um dos homens diz que o drone, usado em plantações, despejava um veneno sobre os militantes. Outras publicações nas redes sociais afirmavam que o equipamento pulverizava fezes e urina sobre o público. O suspeito pelo ataque, o agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, foi preso na última segunda-feira.
Tensão PT-PSB
Lula deve discursar no fim do evento, que começou às 18h. O ato reúne nomes do meio artístico e cultural que apoiam o petista e o pré-candidato ao governo do Rio pelo PSB, Marcelo Freixo. O comício ocorre em meio à tensão na aliança entre PT e PSB no Rio, onde ocorre uma queda de braço entre André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB) em torno da candidatura ao Senado no campo da esquerda.
A disputa é um dos principais imbróglios entre os partidos nas costuras políticas nacionais .O PT e Freixo afirmam que houve um acordo prévio em que Molon deveria retirar sua candidatura, caso o candidato ao governo conseguisse se mostrar competitivo e conseguisse apoio de vários partidos. Molon, por outro lado, afirma que não ocorreu um “acordo” mas sim “conversas iniciais”. Ele garante que não irá retirar sua candidatura.