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Arthur Lira diz que a Câmara dos Deputados é inviolável e pede decisão do plenário do Supremo sobre Daniel Silveira

Defesa do bolsonarista quer por um aparelho fornecido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio. (Foto: Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), divulgou uma nota nesta quarta-feira (30) na qual comentou a situação do deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ) e disse que a Casa é inviolável. Ainda na nota, Lira defendeu que o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) analise pedidos do deputado.

Nesta terça-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a instalação imediata de tornozeleira eletrônica em Daniel Silveira. O parlamentar, contudo, disse em plenário que não aceitaria e passou a madrugada desta quarta no gabinete na Câmara. O julgamento da ação penal contra Silveira foi marcado para o dia 20 de abril.

“Decisões judiciais devem ser cumpridas assim como a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada. Sagrada durante as sessões, ela tem também dimensão simbólica na ordem democrática”, afirmou Lira na nota.

“Ideal que o STF analisasse logo os pedidos do deputado Daniel Silveira e que a Justiça siga a partir desta decisão – mais ampla da nossa Corte Superior”, acrescentou o presidente da Câmara.

Daniel Silveira tem citado a questão da inviolabilidade da Câmara justamente como uma forma de não cumprir a ordem de Moraes que determinou a instalação da tornozeleira. O deputado também tem defendido que a medida seja analisada pelo plenário do Supremo antes de ser cumprida.

Uso da tornozeleira

Daniel Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. Ele chegou a ser preso por divulgar um vídeo com ameaças a ministros do Supremo, mas foi liberado em novembro do ano passado com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), porém, Silveira continua participando de eventos públicos para ameaçar a democracia, as instituições e ministros do STF, em especial Alexandre de Moraes. A ordem para a colocação da tornozeleira foi dada para a Polícia Federal e para a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro.

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