Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2020
Nesta segunda-feira (27), entram em operação as faixas exclusivas para ônibus nas avenidas Paulo Gama e Engenheiro Luiz Englert (bairros Centro Histórico/Farroupilha), no entorno do campus central da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). O horário de funcionamento será das 6h às 9h e das 16h às 20h.
O trecho, de 500 metros, está marcado com sinalização horizontal através de faixa azul contínua. De acordo com a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), a iniciativa garantirá aos usuários uma redução de dois minutos no tempo de viagem. Além disso, serão 90 mil passageiros beneficiados em 40 linhas urbanas na região – um dos principais pontos de acesso à saída da cidade pela estação rodoviária e avenidas como Castelo Branco e Farrapos.
“A faixa da Paulo Gama e Luiz Englert dá continuidade ao projeto de novos trechos exclusivos, já implementados nas avenidas Independência, Mostardeiro e Goethe”, ressalta o diretor técnico da EPTC, Marcelo Hansen. “A medida se enquadra no conceito de Ruas Completas. Nós implantamos qualificações viárias destinadas não apenas para o transporte coletivo, mas também para a outras modalidades. Exemplo disso é a nova ciclovia que também foi implementada no trecho.”
“A priorização do transporte coletivo vai mais do que dobrar a extensão de faixas exclusivas em Porto Alegre, beneficiando diariamente 450 mil clientes”, projeta a prefeitura. Até março de 2020, no total, a previsão é de que 22 quilômetros de vias públicas recebam faixas exclusivas em 16 trechos, o que representa um aumento de 130%. “O projeto foi pensado para qualificar o sistema de transporte, reduzir os tempos de viagem, dar mais confiabilidade e eficiência ao serviço, além de atrair novos passageiros.”
Orientação importante: os motoristas que necessitam realizar embarque e desembarque de passageiros, entrar ou sair de residências, estabelecimentos comerciais ou outras vias devem utilizar a faixa exclusiva para realizar a manobra, desde que devidamente sinalizada com a seta e apenas durante o tempo necessário.
Arroio Dilúvio
O corte de grama do talude do Arroio Dilúvio foi retomado nesta semana pelo DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana). A ação começou na altura da avenida Antônio de Carvalho (Zona Leste), seguindo em direção ao lago Guaíba. A roçada havia sido suspensa em maio de 2018 pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e agora está sendo desenvolvida por meio de novo contrato.
A paralisação foi determinada porque o MPT apontou riscos de queda dos trabalhadores. Desde então, a SMSurb (Secretaria Municipal dos Serviços Urbanos) buscou soluções para o impasse. “Desde que o Dilúvio foi canalizado, ninguém caiu ao capinar o talude, mesmo assim o MPT proibiu o serviço”, reclamou o titular da pasta, Ramiro Rosário. “Agora, é correr atrás do prejuízo e do mato alto.”
Depois de quase dois anos de tratativas e negociações, a prefeitura agora segue parâmetros de segurança, como técnicas de alpinismo e “linha de vida” – sistema de segurança que consiste num cabo de aço paralelo ao arroio e que fica preso por três estacas móveis, com 15 metros de extensão, e de ondem partem cordas perpendiculares onde os trabalhadores ficam ligados a com cinto de segurança.
Quando um trecho é concluído, o equipamento é transferido para o perímetro seguinte. Este sistema foi testado duas vezes para avaliação de sua eficiência e obteve laudo positivo de empresa especializada em segurança do trabalho. A partir do resultado do laudo, em 14 de janeiro, o DMLU recebeu a autorização da Procuradoria do Trabalho para execução do serviço.
(Marcello Campos)
