Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2018
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha em seu segundo patamar no mês de agosto. Com a bandeira vermelha no patamar dois, no mês que vem, a tarifa continua com um adicional de R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. É o terceiro mês consecutivo em que a bandeira vermelha em seu segundo patamar vigora.
De janeiro a abril deste ano, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional. Em maio, foi adotada a bandeira amarela, que adicionava R$ 1,00 a cada 100 kWh consumidos, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 se deve às condições hidrológicas desfavoráveis e à redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do País. Essa situação elevou o risco hidrológico (GSF) e levou o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) ao teto de R$ 505,18 por megawatt-hora (MWh). São esses dois indicadores que determinam a cor da bandeira.
O sistema de bandeiras tarifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. No primeiro patamar da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. E no segundo patamar da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5,00 a cada 100 kWh.
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da energia gerada e tem o objetivo de possibilitar aos consumidores o uso consciente de energia elétrica. Antes das bandeiras, o custo da energia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao consumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz.
A Aneel deve anunciar a bandeira tarifária que vai vigorar no mês de setembro no dia 31 de agosto.
Especialistas avaliam que a bandeira vermelha deve permanecer até outubro, com possibilidade de ser estendida até dezembro, caso as chuvas não sejam suficientes para regularizar o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas.
O volume da água para as hidrelétricas segue em queda e voltou a se aproximar do comportamento visto no ano passado, o pior da série histórica. As barragens que abastecem o sistema interligado nacional estão cerca de 12 pontos percentuais abaixo do volume estimado para esta época do ano, segundo cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A previsão da CCEE é que o nível de água nos lagos das hidrelétricas permaneça muito baixo, apesar de um pouco maior que o registrado em 2017.