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Colunistas As derrotas do estatismo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O ano de 2017 não correu como a Prefeitura de Porto Alegre esperava, bem como muitos eleitores do prefeito Nelson Marchezan Jr. Enquanto o atual prefeito tentou por vezes aumentar a arrecadação do município por meio de aumentos de impostos embutidos em projetos de “adequações”, muitos dos seus eleitores reprovam veementemente essa postura, que não condiz com a sua campanha.

O principal exemplo seguramente é do ajuste do IPTU, em que a Prefeitura arrecadaria em torno de 60% a mais do imposto até 2021, segundo o secretário Leonardo Busatto. Foram repetidas inúmeras vezes que o intuito do projeto não era expropriar ainda mais recursos do cidadão, mas fica claro que, ao fim e ao cabo, a população arcaria com maiores impostos.

Não tem sido um mandato fácil para o atual prefeito de Porto Alegre. Foram muitas derrotas na Câmara de Vereadores, muitas perdas de pessoas boas que compunham a sua equipe e muito atrito com a própria base aliada que o apoiou durante a eleição. Ademais, muitos eleitores demonstram grande insatisfação com a forma como o prefeito vem tratando algumas questões do município.

O discurso da campanha de Marchezan passou pela redução dos gastos desnecessários do governo, inclusive considerando privatizar algumas empresas. Infelizmente a postura da Prefeitura tem sido de transferir a responsabilidade – que cabe somente ao governo, pela sua péssima gestão ao longo dos últimos anos – para os cidadãos de Porto Alegre. É triste ver que o discurso passou de “nós vamos arrumar a casa” para “vocês têm de arrumar a casa”. Tem sido comum ouvirmos os pronunciamentos do prefeito culpando o empresariado e as “elites”, termo adotado de forma contínua nos últimos meses, pela incapacidade da Prefeitura de melhorar as suas contas. O renomado economista americano Milton Friedman, já em seu tempo, atestava que “A solução do governo para um problema é geralmente pior do que o problema”. É exatamente isso que estamos percebendo na capital gaúcha.

Os porto-alegrenses não aguentam mais ter de pagar a conta pelas péssimas gestões do passado. Marchezan tem suas qualidades e vem fazendo uma gestão muito superior à de seus antecessores, porém, a sua postura vem cada vez mais tomando formas populistas. Os indivíduos não podem ser diminuídos por aqueles que são eleitos para servi-los. O cidadão não aguenta mais suportar o peso da paquidérmica máquina estatal. O cidadão quer menos Estado e mais liberdade. O cidadão não quer que uma prefeitura lhe transfira responsabilidade que não lhe cabe. Queremos o novo, e não mais do mesmo.

Felipe Morandi

Empresário e Associado do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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https://www.osul.com.br/as-derrotas-do-estatismo/ As derrotas do estatismo 2018-01-11
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