As exportações de minério de ferro do Brasil cresceram 25,4% em 2018 ante o ano anterior, mostraram dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados na quarta-feira (2), enquanto a brasileira Vale eleva sua produção, especialmente em áreas do produto de maior qualidade no Pará.
No ano passado, as vendas externas do minério do Brasil atingiram 394,24 milhões de toneladas, ante 314,37 milhões de toneladas em 2017, mostraram os dados. A Vale, maior exportadora de minério de ferro do mundo e responsável por grande parte das vendas externas da commodity do Brasil, previu produzir 390 milhões de toneladas em 2018, o que seria um aumento de cerca de 6,5 por cento ante 2017.
Praticamente toda a produção da Vale é exportada. Para 2019, a companhia prevê atingir produção de 400 milhões de toneladas. Já as exportações de petróleo do Brasil subiram 36,6% em 2018 ante o ano anterior, para 59,24 milhões de toneladas, de acordo com os dados da Secex.
China
A jornada de quarta-feira (2) na bolsa de mercadorias de Dalian, na China foi marcada pela leve desvalorização dos contratos futuros do minério de ferro. O ativo de maior volume de negócios, com data de vencimento em maio deste ano, teve queda de 0,61% a 490,00 iuanes por tonelada, representando queda de 3 iuanes na sessão.
No caso do vergalhão de aço, com seus papéis sendo transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai, o dia foi marcado por perdas nos principais contratos. O ativo de maior liquidez, para maio, recuou 18 iuanes para um total de 3.382 iuanes por tonelada. Já o para vencimento em janeiro, o recuo foi de 36 iuanes, para 3.834 iuanes por tonelada.
Os índices acionários chineses iniciaram 2019 em queda na quarta-feira, com dados econômicos fracos alimentando preocupações sobre a desaceleração global.
A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em mais de dois anos em dezembro, destacando os desafios que Pequim está enfrentando ao tentar acabar com uma intensa guerra comercial com Washington e reduzir o risco de uma desaceleração econômica mais acentuada em 2019.
O Índice de Gerentes de Compras, PMI na sigla em inglês, oficial – o primeiro dado econômico chinês deste mês – caiu para 49,4 em dezembro, abaixo do nível de 50 que separa crescimento da contração, mostrou uma pesquisa da Agência Nacional de Estatísticas. O PMI do Caixin/Markit mostrou na quarta-feira que a atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses em dezembro uma vez que as encomendas de exportação e domésticas continuaram a enfraquecer.