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Brasil As Forças Armadas do Brasil querem dobrar a participação de mulheres entre seus quadros nos próximos dez anos

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Objetivo é que a taxa feminina entre os militares, atualmente em 10,52%, chegue a 20% em uma década.

Foto: Divulgação/Exército
Objetivo é que a taxa feminina entre os militares, atualmente em 10,52%, chegue a 20% em uma década. (Foto: Divulgação/Exército)

O Exército Brasileiro deseja dobrar a participação feminina entre seus quadros na próxima década. A ideia é que a taxa feminina entre os militares, que atualmente é de 10,52%, chegue a 20% em um dez anos.

A meta foi detalhada pelo Ministério da Defesa, em Brasília, em evento convocado para explicar o inédito alistamento militar feminino. A primeira turma vai começar em 2026 – a incorporação poderá ocorrer em março ou agosto. Entre janeiro e junho de 2025, as mulheres que completarem 18 anos poderão se alistar de forma voluntária. A iniciativa vai reservar 1.465 vagas (155 na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica) em 28 cidades em 13 Estados, além do Distrito Federal.

Atualmente há 37 mil mulheres nas Forças Armadas, mas sua atuação está direcionada para as áreas de saúde, ensino e logística. O contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de mobilização da Marinha, diz que “falar em números não reflete necessariamente em qualidade”, e que a instituição busca, com o novo projeto, “permitir que as mulheres estejam em todos os espaços onde os homens estejam”.

“Nós buscamos uma referência externa. Mundialmente, tomando por base os países da Otan ( Aliança do Atlântico Norte) e da comunidade asiática, a média numa amostragem de 40 países foi de 10,4%. A gente entendeu que o ponto de partida desse trabalho já identificava o Brasil numa posição mediana. Em relação à América do Sul, somos o quarto país em participação feminina”, diz Guimarães.

O alistamento feminino voluntário poderá ser feito nos municípios de Águas Lindas de Goiás (GO), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba, Florianópolis, Formosa (GO), Fortaleza, Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus, Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo e Valparaíso de Goiás (GO).

O processo de recrutamento será feito em etapas: alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. As candidatas devem passar por uma seleção que inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos. Elas poderão escolher a Força que quiserem, dependendo da disponibilidade de vagas em sua região, aptidão da candidata e a especificidade exigida pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica.

Uma vez incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado (marinheiro-recruta na Marinha), e o serviço militar deve ter a duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. (Estadão Conteúdo)

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