A espada matou a mãe de César e fê-lo imperador (?)
Há dias em que nos sentimos estimulados a dar prioridades a comprometidos filamentos cerebrais; em algumas questões em que a condição de cidadão vemo-nos cobrados a contribuir com um pedaço do saber com que somos dotados desde que sejam capazes de participar com elementos de saber técnicos para resolver problemas.
No cerne da diplomacia política, respeitei uma postura, da qual eu fui o autor e, simultaneamente, entendi que cada um de nós como cidadão necessita sobretudo sendo partícipe da vida societária ter por encargo conviver até com quadros superiores a sua importância.
Mais do que isso, talvez. Se um integrante da vida em comum sendo consciente do seu dever, saber o significado que te cobra e que tipo de oferta a cidadania te permite compartilhar. Seja uma parcela de uma comunidade que se tem de entender ser ela por uma magia de criação, ao mesmo tempo, aurícula e ventrículo, fratura e distensão, artéria e veia das quais todas não se pode dispensar. Se há um momento de indispensabilidade, mais do que isso, uma indispensável soma de esforços para que se logre chegar na fantasia/ realidade que outra coisa não é, o desejado VELOCINO DE OURO, vamos religar a memória que é o nosso dínamo.
A história de avanços e recuos a que ele generosamente nos conte em pedaço de antes, sem exigência da árida prova mais recheada, estranhamente de sonho e de ilusão, há que aceitar, pois tudo isso forma o inverso e o universo de todas as vidas. Do latim, idioma de luxo, que Roma criou e espalhou pelo mundo sobre o seu qualitativo mando e que se traduziu pelo direito de pensar e agir fosse quem fosse o outro.
Os romanos queriam que Júlio Cesar fosse o inigualável. Isso venderam para a história; na verdade, uma desconfiável “fábula falsete” em que o futuro imperador nascia de um golpe de espada de um herói legionário.
Após um golpe de espada que abriu a barriga de sua mãe, dela retiraram os seguidores de César, aquele que seria o imperador da cidade eterna.
A mãe, na história que se originou em muitos idos, teria morrido diretamente no ato e Júlio Cesar já surgia como um milagre, nascendo com o pensamento completo e intitulando-se e sendo intitulado pela elite dos senadores e legionários de Roma como o imperador do mundo conhecido.
A história médica do nascimento de Júlio Cesar com um golpe de espada abrindo a barriga de sua mãe, que morre no mesmo instante, dando a sua contribuição aos registros milenares, não tem cuidado de explicar detalhadamente e acabou por compor uma das histórias (com h minúsculo) que pelo menos dois milênios da história aceitaram como versão verdadeira.
Foi muito depois que a disputa política em Roma pelo poder fez com que Cesar identificasse e convivesse com a sua mãe, obviamente viva, e desmanchasse, pelo menos parcialmente, a grande mentira que ultrapassou muitos tempos da nossa civilização.
Hoje, a mentira não conseguiu sobreviver.