Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2019
A China importou 8,28 milhões de toneladas de soja em novembro, 54% a mais do que no mesmo mês de 2018, segundo dados preliminares divulgados pela Administração Geral de Alfândegas do país. No acumulado de janeiro a novembro de 2019, as importações da oleaginosa apresentam recuo de 4,1%, para 78,97 milhões de toneladas.
As compras de soja norte-americana pela China avançaram 40,9% em novembro. Na semana passada, o país asiático anunciou que isentaria de tarifas parte da soja e da carne suína norte-americana. Em outubro, as compras chinesas da oleaginosa dos EUA já haviam avançado 19,8%.
O banco de investimentos CICC afirma que Pequim e Washington podem remover uma nova rodada de tarifas agendadas para entrar em efeito em meados de dezembro se houver progresso nas negociações comerciais.
Petróleo e minério de ferro
A China ampliou suas importações de petróleo, de minério de ferro e de cobre em novembro, segundo dados preliminares divulgados pela Administração Geral de Alfândegas do país.
Na comparação anual de novembro, as compras chinesas de petróleo bruto avançaram 6,7%, a 45,74 milhões de toneladas, as de minério de ferro aumentaram 5,1%, a 90,65 milhões de toneladas, e as de cobre tiveram acréscimo de 5,9%, a 483 mil toneladas.
Entre janeiro e novembro, a China importou 461,88 milhões de toneladas de petróleo bruto, 10,5% mais do que em igual período de 2018. Já as importações de minério de ferro tiveram redução de 0,7% nos onze primeiros meses do ano, a 970,69 milhões de toneladas, e as de cobre recuaram 8,5%, a 4,45 milhões de toneladas.
Os dados também mostraram que a China exportou 54 mil toneladas de petróleo bruto em novembro, 79% menos do que no mesmo mês do ano passado. De janeiro a novembro, houve queda anual de 69% nas exportações de petróleo, a 810 mil toneladas.
Exportações
As exportações da China recuaram, em novembro, pelo quarto mês consecutivo, sublinhando a pressão persistente da guerra comercial com os EUA, mas o crescimento em importações pode ser um sinal que os passos de estímulo de Pequim estão ajudando a alimentar a demanda.
A longa disputa comercial que já dura 17 meses aumentou os riscos de uma recessão global e levou a especulações que os políticos chineses poderão liberar mais estímulos em resposta ao crescimento da segunda maior economia do mundo ter caído para os níveis mais baixos em quase 30 anos.
O envio de bens para o exterior caiu 1,1% no último mês em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados no domingo, em comparação com a expansão de 1% prevista por analistas consultados pela Reuters, e uma queda de 0,9% em outubro.