Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2018
Cerca de 715 mil pessoas presas. O número é três vezes maior do que a quantidade de vagas existentes. Terceiro país no mundo que mais prende pessoas, perdendo apenas para os Estados Unidos e China. Estamos falando sobre o sistema carcerário do Brasil que originou a obra “As Marcas do Cárcere”, que dá destaque aos traumas e tatuagens nos corpos das pessoas presas no Rio Grande do Sul. As marcas ganharam evidência e a obra foi reconhecida na 24ª edição do Prêmio Açorianos de Literatura, em cerimônia no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues.
O professor do curso de direito da Estácio em Porto Alegre, Leandro Ayres França é o autor do livro que foi o vencedor na categoria Ensaio de Literatura e Humanidades. Em seu discurso, ele destacou a importância do reconhecimento após cinco anos de pesquisa e não deixou de lembrar das pessoas fundamentais durante esse processo: os apenados. “Nesta noite 40 mil homens e mulheres dormem nas piores condições imagináveis. Além disso, é importante lembrar que estou recebendo esse prêmio em um momento que ainda se matam ativistas pelos Direitos Humanos”, lembrou o professor. O livro premiado pode ser baixado integral e gratuitamente em: http://ayresfranca.com/as-marcas-do-carcere.