Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de dezembro de 2020
Foram registradas 376 mortes desde domingo.
Foto: Peter Ilicciev/FiocruzAs mortes em consequência do coronavírus atingiram 177.317 nesta segunda-feira (7) . Nas 24 horas desde o boletim de domingo (6) foram registradas 376 novas mortes. Ainda há 2.196 falecimentos em investigação, dados relativos a domingo.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta segunda. A atualização é feita a partir de notificações enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.
O número de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia atingiu 6.623.911. Entre domingo e esta segunda, as autoridades de saúde notificaram 20.371 novos diagnósticos positivos de covid-19.
Ainda conforme a atualização do órgão, há 645.527 pacientes em acompanhamento. Outras 5.801.067 pessoas se recuperaram da doença.
Normalmente, os casos são menores aos domingos e segundas-feiras em função da dificuldade de alimentação pelas secretarias estaduais de saúde. Já às terças-feiras, eles podem subir mais em função do acúmulo de registros atualizado.
Estados
A lista dos Estados com mais mortes pela covid-19 é encabeçada por São Paulo (43.040), Rio de Janeiro (23.151), Minas Gerais (10.341), Ceará (9.704) e Pernambuco (9.170). As Unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Acre (736), Roraima (744), Amapá (831), Tocantins (1.184) e Rondônia (1.604).
Vacinação gratuita
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda que o governo federal vai oferecer vacina contra a covid-19 para toda a população de forma gratuita e não obrigatória.
“Havendo certificação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] (orientações científicas e preceitos legais), o governo ofertará a vacina a todos, gratuita e não obrigatória”, escreveu em sua conta no Twitter.
Bolsonaro, que se reuniu mais cedo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou ainda que os recursos para a aquisição dos imunizantes estão garantidos.
“Não faltarão recursos para que todos sejam atendidos”.
O Ministério da Saúde tem acordo para a compra de doses produzidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, incluindo um pacto de transferência de tecnologia e produção local da vacina pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O governo federal mantém contato com outros laboratórios estrangeiros que desenvolvem doses contra a covid-19 e que, se aprovadas, também poderão ser adquiridas para imunizar a população.
São Paulo
O governo de São Paulo divulgou nesta segunda seu plano de vacinação contra a covid-19. O plano mostra como funcionará a vacinação no Estado, caso a CoronaVac, que vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, seja aprovada nos testes de eficácia, cujos resultados devem ser divulgados ainda na primeira quinzena deste mês.
A vacina será administrada em duas doses e, segundo o governador João Doria (PSDB), aplicada gratuitamente no Estado.
O plano prevê que, na primeira fase de aplicação da vacina, serão imunizados os profissionais da área da saúde, indígenas, quilombolas e idosos acima de 60 anos, público que soma 9 milhões de pessoas em São Paulo e que é responsável por até 77% das mortes provocadas pela doença.
A imunização deve ocorrer em uma escala por faixa etária, privilegiando, inicialmente, os profissionais de saúde, quilombolas e indígenas, público que, em São Paulo, é estimado em 1,5 milhão de pessoas. A previsão é que esse grupo inicial tome a primeira dose no dia 25 de janeiro e, a segunda, no dia 15 de fevereiro.
Logo em seguida, o planejamento é imunizar idosos com mais de 75 anos, cuja vacinação está prevista para os dias 8 de fevereiro e 1º de março. Idosos com idade entre 70 e 74 anos devem ser atendidos nos dias 15 de fevereiro e 8 de março. Nos dias 22 de fevereiro e 15 de março, serão vacinados idosos com idade entre 65 e 69 anos e, nos dias 1º e 22 de março, os que estão na faixa de 60 a 64 anos.
O governador informou que, para receber a vacina, a pessoa não precisará apresentar comprovante de residência em São Paulo: serão vacinados os brasileiros que estiverem em solo paulista.
Caso o teste de eficácia da vacina tenha resultado positivo, a aplicação das doses começará no dia 25 de janeiro, data do aniversário da capital paulista. Para que a vacinação no Estado seja feita de forma segura, o governo pretende ampliar o total de postos de vacinação, que hoje somam 5,2 mil espaços. A intenção é que a imunização ocorra também em quartéis, escolas, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e drive-thrus, o que pode somar até 10 mil locais de vacinação.
Doria também disse que governadores de oito Estados já fizeram solicitação de doses da vacina para imunização. Segundo o governador, 4 milhões de doses da vacina serão destinados a esses Estados para que sejam imunizados, inicialmente, os profissionais da área da saúde.