Quinta-feira, 17 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2021
As novas regras sobre o uso de máscaras em aeroportos e aviões já entraram em vigor. Passageiros só podem embarcar usando máscaras de pano com duas camadas, máscaras cirúrgicas ou N95/pff2.
As alterações foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 11 de março.
Não serão permitidos:
— Lenços e bandanas para cobrir o rosto;
— Máscaras de acrílico;
— Máscaras com válvula;
— Escudo facial sem máscara.
O passageiro que estiver usando uma dessas máscaras será proibido de embarcar. Em viagens nacionais é permitido tirar a máscaras apenas para beber água. Apenas idosos, pessoas com necessidades especiais e crianças menores de 12 anos podem tirar a máscara para se alimentar.
O uso de máscara está dispensado para:
— Pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou qualquer outra deficiência que as impeça de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica;
— crianças com menos de 3 (três) anos de idade.
A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o uso de máscaras por crianças com menos de 2 anos.
O distanciamento social e o uso correto de máscaras ainda são a melhor prevenção contra a covid-19. Para as pessoas que precisam sair de casa, especialistas recomendam o uso de máscaras de pano com uma cirúrgica por baixo para ter mais proteção.
“Se eu quiser uma proteção máxima, mais de 90%, quase 95%, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomenda, que por cima da máscara cirúrgica, seja colocada uma de tecido, bem ajustadas”, afirma Evaldo Stanislau, médico da Sociedade Paulista de Infectologia.
Máscaras N95/pff2, que se parecem com um bico de pato ou uma concha, com elásticos presos atrás da cabeça, são defendidas por especialistas como as mais eficazes contra a covid-19.
A sigla PFF significa “peça facial filtrante”. No Brasil, existem 3 tipos: as PFF1, PFF2 e PFF3. As máscaras desse tipo são uma peça facial constituída parcial ou totalmente de material filtrante que cobre o nariz, a boca e o queixo.
Na camada filtrante é onde será retido o material particulado. Essa camada pode ser composta de vários polímeros: polipropileno, poliéster ou polietileno.
“Essa camada de material filtrante possui uma alta porosidade, fazendo com que a resistência à respiração – dificuldade para respirar – da PFF não seja alta”, pontua Vladimir Vieira, que também dá aulas em cursos de medicina e segurança do trabalho.
As PFF são, ainda, classificadas de acordo com a sua capacidade de reter partículas sólidas e líquidas à base de água ou sólidas e líquidas à base de óleo ou outro líquido diferente de água. Nesses casos, elas recebem, também, a nomenclatura (S) ou (SL), respectivamente. Esse símbolo pode aparecer na embalagem.
Na Europa, a PFF é conhecida como FFP (inglês para “filtering face piece”). A PFF2 é equivalente, nos Estados Unidos, às N95, e, na Europa, às FFP2.
No Brasil, as tiras da PFF2 devem ser amarradas atrás da cabeça.