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Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2019
Uma bolsa com 15 tijolos de cocaína foi encontrada em Cocoa Beach, na Flórida, levada pelas fortes ondas que atingem a costa do estado americano durante a passagem do furacão Dorian, relatou a emissora americana NBC nesta quarta-feira (4). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Cerca de 30 quilômetros ao sul, no parque Paradise Beach, um frequentador da praia alertou um policial para um objeto estranho na areia, que também foi identificado como um tijolo de cocaína —cada peça pesa um quilo.
As autoridades afirmaram que os pacotes estavam embalados de forma similar àquela usada por traficantes de drogas e que uma investigação foi aberta para determinar a origem do material.
Apreensões de drogas na região costeira da Flórida são comuns, já que muitos traficantes usam pequenos barcos para atravessar de países da América Central e do Sul, onde as substâncias geralmente são produzidas.
O furacão Dorian, classificado na categoria 5 no final de semana, foi rebaixado para a 2 na terça-feira (3) e se aproxima da costa dos EUA. Fortes chuvas e ondas foram registradas na costa da Flórida, o primeiro estado que deve ser atingido, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
O órgão alertou para a probabilidade de a tempestade ganhar força nas próximas 24 horas e voltar à categoria 4. “O furacão Dorian está passando por uma área de águas quentes, um ingrediente chave para a intensidade de fenômenos desse tipo”, disse o meteorologista Lance Wood.
Autoridades da Carolina do Sul, que também está na rota do fenômeno, disseram esperar fortes tempestades e ventos de até 140 quilômetros por hora. Os dois estados emitiram declarações de emergência, assim como a Geórgia e a Carolina do Norte, que também devem ser atingidas.
Diversas cidades já foram evacuadas nos EUA —estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham deixado as suas casas.
A tempestade já deixou 20 mortos nas Bahamas, de acordo com o jornal americano The Miami Herald.
Os esforços para resgatar sobreviventes foram redobrados nesta quarta nas Bahamas, com o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica se juntaram às equipes de resgate e usaram helicópteros para realizar evacuações médicas e voos de reconhecimento para avaliar os danos, além de auxiliar a coordenar os esforços.
O secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, afirmou que ao menos “70 mil pessoas necessitam de ajuda imediata” no arquipélago.
A ONU desbloqueou um milhão de dólares para auxiliar na resposta humanitária, disse Lowcock, que destacou a necessidade de alimentos, água, barracas e medicamentos para a população afetada.
O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, qualificou a situação como “uma das maiores crises da história” do país.