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Às pressas

Parlamentares com 35 anos de mandatos e idade mínima de 60 anos têm direito ao benefício. (Foto: Divulgação/AL-RS)

O governador José Ivo Sartori vai convocar a Assembleia Legislativa para um período extraordinário de sessões plenárias entre o Natal e o Ano Novo. Estará na pauta a votação do pacote de Recuperação Fiscal exigido por Brasília, que inclui a venda de estatais. De outra forma, a Secretaria da Fazenda seguirá sufocada.

Com carimbo de regime de urgência, os projetos não passarão por análises nas comissões técnicas. A previsão é de aprovação com margem apertada.

Para acrescentar: o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, enviou um projeto com o mesmo conteúdo à Assembleia Legislativa em maio. Foi aprovado a 6 de junho com 50 votos favoráveis e nove contrários.

Boas previsões

Há uma combinação indicando crescimento no País: inflação abaixo da meta, juros de 7% ao ano e mudanças na lei que facilitam contratos de trabalho. Resta esperar que a política e seus descaminhos não atrapalhem. Importa que a roda da Economia volte a se movimentar, gerando empregos, aumentando o consumo e garantindo comida na mesa.

Vem de longe

O atrito entre José Fortunati e o PDT prolonga-se há bastante tempo e agora ganha novo ingrediente: o Tribunal Regional Eleitoral aplicou multa de 120 mil reais ao ex-prefeito de Porto Alegre. Alega que seu nome apareceu em muros cuja propaganda, na campanha de 2012, foi afixada sem permissão dos proprietários. Ele diz que não pediu para aparecer. A iniciativa coube aos que concorriam à Câmara Municipal. Por isso, recusa-se a pagar, argumentando que a conta é do partido.

Tem mais: setores do PDT, desde seu ingresso, consideram Fortunati um estranho no ninho. Quem acompanha as reuniões públicas, na sede do diretório estadual, confirma. A pressão interna para evitar que ele concorra ao Senado, como deseja, é forte.

Não volta atrás

O PMDB espera que ocorra a desistência da candidatura de Eduardo Leite ao governo do Estado, em função de apoio ao tucano que concorrerá ao Palácio do Planalto. Líderes do PSDB disseram ontem que não passa de sonho antecipado de uma noite de verão, estação que começará a 21 de dezembro.

Eliminando intermediários

Com a saída do PSDB do Ministério das Cidades, PMDB, DEM e PSD entram na briga. Criado no primeiro governo Lula, tornou-se uma ponte direta entre o baú de dinheiro de Brasília e os prefeitos, passando por cima dos governadores. Tornou-se um aparato para fazer votos.

O que pesa

A assessoria do presidente Michel Temer acha que o desembarque do PSDB não trará prejuízos. Mesmo que perca 25 votos na Câmara Deputados, conquistará perto de 50 do Centrão, que se sensibiliza quando vê a chance de ocupar cargos. Ninguém segura.

Sem trégua

O diretor geral Fernando Segóvia se antecipa, afirmando que a Polícia Federal participará das discussões no Tribunal Superior Eleitoral sobre notícias falsas veiculadas em redes sociais durante a campanha de 2018. Com domínio de alta tecnologia, terá papel decisivo na localização e na responsabilização dos que tentarão prejudicar candidatos e partidos.

Terá déficit

A Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado será votada dia 28 deste mês no plenário da Assembleia Legislativa. Há duas certezas: o rombo seguirá nas alturas e o debate entre oposição e governo será intenso.

Há um ano

A 17 de novembro de 2016, tornou-se pública a notícia de que Temer foi gravado por Joesley Batista. As conversas sugeriram que o presidente da República deu aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Desde então, o governo não saiu mais do labirinto.

Dúvida

Editorial do Jornal do Brasil, ontem, perguntou: “Qual o comando mais criminoso do Rio de Janeiro? O comando que frequentou a Assembleia Legislativa? O que comandou o governo durante oito anos? O do Tribunal de Contas? Ou o Comando Vermelho?”.

Mudança

A greve de fome, como modo de protesto político, era comum até pouco tempo atrás. Ficou desgastada com o aparecimento frequente de cartazes diante do protagonista com a frase: “Vá até o fim”.

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