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Mundo Assassinos de candidato à presidência do Equador são condenados

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Fernando Villavicencio foi morto em agosto de 2023, após deixar um comício em Quito.

Foto: Divulgação/Campanha Villavicencio
Fernando Villavicencio foi morto em agosto de 2023, após deixar um comício em Quito. (Foto: Divulgação/Campanha Villavicencio)

A Justiça do Equador condenou cinco suspeitos por envolvimento na morte de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, nessa sexta-feira (12). As penas variam de 12 a 34 anos de prisão. Villavicencio foi morto em agosto de 2023, após deixar um comício em Quito. Ele tinha 59 anos e era ex-membro da Assembleia Nacional, além de ser jornalista investigativo e líder sindical.

O então candidato foi baleado na cabeça e não resistiu aos ferimentos. No mesmo dia, seis colombianos foram presos. Um outro suspeito morreu em um confronto armado com seguranças de Villavicencio. Nas semanas seguintes, outras pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento no assassinato de Villavicencio. Em outubro do ano passado, seis dos investigados foram encontrados mortos na prisão.

Segundo a denúncia, a ordem para que Villavicencio fosse morto partiu da prisão e foi feita por Carlos Edwin Angulo Lara, conhecido como “El Invisible”. Já Laura Dayanara Castillo ficou responsável pelo planejamento. Ambos foram sentenciados a 34 anos de prisão. Já os outros três réus receberam penas menores, de 12 anos de prisão.

Fernando Villavicencio foi assassinado no dia 9 de agosto de 2023. Imagens feitas naquele dia registraram o momento em que o candidato deixa um comício e entra em um carro. Depois disso, vários disparos de arma de fogo foram feitos. Ao longo da carreira como jornalista, Villavicencio fez uma série de denúncias contra o governo. Ele chegou a ser condenado por injúria, em 2014. Entre 2021 e 2023, atuou como deputado federal. Ele se declarava como defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.

Após a morte, Villavicencio foi substituído por Christian Zurita na chapa presidencial. Ele ficou em terceiro lugar na disputa. As eleições foram vencidas pelo direitista Daniel Noboa. O Equador enfrenta há anos uma onda de violência ligada ao narcotráfico, principalmente por ter se tornado uma rota importante de transporte da droga para os Estados Unidos e por ter recebido grupos criminosos vindos da Colômbia. No fim de setembro de 2023, a viúva de Fernando Villavicencio também foi alvo de um atentado em Quito, mas não se feriu.

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