Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 10 de fevereiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A comissão de 12 deputados estaduais, formada para combater privilégios no setor público, vai se reunir nesta quarta-feira. A primeira iniciativa será pedir informações detalhadas sobre vantagens adicionais pagas a todos os servidores do Estado. Logo depois, encaminhará projeto de emenda constitucional para estabelecer equilíbrio na distribuição de verbas orçamentárias. Atualmente, os poderes recebem suas quantias a cada final de mês. Só depois, quando já faltam recursos no Tesouro , o Executivo tem direito à sua parte. Exigirão divisão simultânea, sem diferenciações.
Movimentação com abertura da janela
A bancada do MDB na Câmara Municipal de Porto Alegre, com a abertura da janela para troca de partido entre 5 de março e 3 de abril, perderá três vereadores. Valter Nagelstein irá para o PSD e concorrerá à Prefeitura. Comandante Nádia e Pablo Mendes Ribeiro entrarão no DEM para buscar a reeleição.
Nadia chegou a cogitar a possibilidade de concorrer à Prefeitura pelo Republicanos. A porta foi fechada, porque o secretário estadual do Esporte e Lazer, João Derly, também quer se candidatar e tem preferência por já estar no partido.
Maior crescimento
A bancada do DEM na Câmara Municipal, atualmente, conta com Reginaldo Pujol e Claúdio Conceição. Após as trocas, passará a ter cinco vereadores com os acréscimos de Ricardo Gomes, do PP, mais a Comandante Nádia e Mendes Ribeiro.
Dinheiro bem e mal utilizado
Os vencedores do Oscar receberam, ontem à noite, o passaporte para bilheterias milionárias. É a tradição.
Exemplo: E o Vento Levou, com Clark Gable e Vivien Leigh, lançado em 1939, foi a primeira produção a cores que recebeu o Oscar de Melhor Filme. Segue na lista dos filmes que bateram recordes. A produção custou 5 milhões de dólares e em quatro anos faturou 32 milhões de dólares.
Hoje, no Brasil, “E a Dívida Levou” enche os cofres dos bancos. Nos 40 primeiros dias deste ano, o governo federal pagou 59 bilhões e 200 milhões de reais só de juros.
A melhor definição
O jornalista Bacchieri Duarte publicou artigo no Correio do Povo, a 31 de janeiro de 2000, homenageando os 70 anos de Pedro Simon. Trecho de encerramento:
“Dele, não se conhece um só ato que não tivesse aquele manto que simboliza sua mais notável marca: a humildade, a obstinação pelo cumprimento do dever e a honestidade. É Pedro, é Pedra, é rocha.”
Região árida
Aos que acompanham as transmissões ao vivo das sessões plenárias pela TV não é difícil concluir: candidatos inteligentes, éticos e distantes da demagogia não agradam a uma parte dos eleitores.
Os que chegam preparados e com boas intenções se defrontam com barreiras quase intransponíveis, a começar pelo fisiologismo.
A que interesses servem
O fisiologismo é chave para entender como se faz política no Brasil. A definição do termo se relaciona com clientelismo e patrimonialismo, dois outros termos profundamente estudados pelos cientistas políticos que remetem à formação do País.
Depreciativo
O jornalista e ex-ministro Said Farhat definiu:
“A palavra fisiologismo é empregada, em política, em sentido sempre depreciativo. Indica a ação dos políticos, em geral, e dos parlamentares, em particular, condicionada e determinada, principal ou exclusivamente, pelos seus interesses pessoais ou pelos de sua clientela. Não é preciso dizer que, nem sempre ou quase nunca, tais interesses estão amparados pela ética, a lei, a moral ou os costumes”.
Território da carência
Uma médica emergencista sofreu, recentemente, atentado a tiros em Quaraí. Uma paciente disparou atingindo a janela do seu automóvel. O Sindicato Médico passou a acompanhar o caso e teve a primeira surpresa: a cidade com 30 mil habitantes não tinha delegado. Apenas dois policiais se revezavam nos plantões.
Na corda bamba
Excetuando o Plano Real, a expressão longo prazo perdeu sentido na gestão pública. Ninguém tem segurança para planejar por mais de um semestre.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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