Esteves Colnago, assessor do ministro da Economia Paulo Guedes, e mais 28 pessoas foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília por gestão temerária de fundos de pensão.
Eles são acusados de causar prejuízos de R$ 5,5 bilhões à Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica), à Petros (Petrobras), à Previ (Banco do Brasil) e à Valia (Vale).
Colnago é servidor de carreira, foi ministro do Planejamento no fim do governo Michel Temer (MDB). Em seguida, ele passou a integrar o governo Jair Bolsonaro. Ele promovido nesta quinta (9), a chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia.
O Ministério da Economia, por meio de nota, afirma que o assessor “está à disposição da força-tarefa da Greenfield, do Ministério Público Federal, para prestar os esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão”. “O assessor esclarece que todas as atividades exercidas como membro do Conselho Deliberativo do Funcef (Fundação dos Economiários Federais) ocorreram em consonância com o regimento interno e demais normas legais”.
Conalgo foi denunciado por fatos ocorridos entre 2011 e 2012, consumados até 2016. Na época o assessor foi conselheiro deliberativo da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), fundo de pensão complementar dos funcionários da Caixa Econômica. Segundo procuradores, o total do prejuízo somente para a fundação foi de R$ 2.394.667.914,66.
A força-tarefa pede, além do recebimento da denúncia e a condenação dos acusados, a reparação econômica e moral das vítimas equivalente ao triplo do prejuízo causado aos fundos —ou seja, mais de R$ 16 bilhões.
Em nota, o Ministério da Economia afirmou que Conalgo está à disposição da força-tarefa Greenfield para prestar informações ao MPF.
“O assessor esclarece que todas as atividades exercidas como membro do conselho deliberativo da Funcef (Fundação dos Economiários Federais) ocorreram em consonância com o regimento interno e demais normas legais”, diz o texto.
Interlocutores de Colnago afirmam que ele está calmo e tranquilo sobre sua conduta nos episódios.
A força-tarefa também investiga o ministro Paulo Guedes por suposta gestão temerária em negócios com fundos de pensão, feitos por uma gestora de ativos que pertencia a ele. O caso corre em sigilo, e o ministro nega ilegalidades.