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Brasil Assessora do governador do Tocantins sacou quase R$ 1 milhão, aponta decisão que investiga desvios na compra de cestas básicas

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Wanderlei Barbosa é governador do Tocantins. (Foto: Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins)

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a operação contra o suposto esquema de desvio de dinheiro de cestas básicas apontou que uma assessora ligada ao governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi responsável por sacar, sozinha, R$ 916 mil. O dinheiro teria sido repassado a ela por empresários que venceram licitações para fornecer os alimentos para pessoas carentes durante a pandemia no Tocantins. O dinheiro não foi localizado pela polícia.

Layane de Sousa Silva é uma das investigadas na operação e exercia cargo em comissão na Secretaria Executiva da Governadoria, desde julho de 2022, função de confiança ligada diretamente ao governador, conforme a investigação. Mesmo recebendo remuneração mensal de R$ 5.712,72, ela realizou saques totalizando R$ 916.333 em espécie.

A assessora foi exonerada no Diário Oficial dessa quinta-feira (22). Na quarta-feira (21), a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão durante a operação Fames-19. Entre os alvos estavam o governador, dois filhos dele e a primeira-dama do Estado.

A suspeita da polícia é de que houve direcionamento de licitações e nem todas as cestas foram entregues, apesar de terem sido pagas. Os detalhes do suposto esquema investigado pela PF estão na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou as buscas e foi assinada pelo ministro Mauro Campbell.

A investigação detalha uma suposta organização criminosa com dezenas de investigados divididos em quatro grandes núcleos: político, empresarial, servidores públicos e lavagem de dinheiro.

O dinheiro recebido por Layane foi repassado por três pessoas diferentes, sendo dois empresários investigados no suposto esquema de fraude na distribuição de cestas básicas e que tiveram contratos milionários com o governo.

Um dos empresários transferiu R$ 493 mil para a assessora em um intervalo de seis meses, aponta a decisão.

“Em razão de sua proximidade com Wanderlei Barbosa Castro, há a suspeita de que tais valores sacados podem ter sido repassados a terceiros, ou até mesmo ao próprio governador”, diz a decisão do ministro Mauro Campbell. A destinação do dinheiro, segundo a decisão, “segue ignorada.”

Desvio de recursos

A Polícia Federal informou que a investigação apura desvio de recursos públicos por meio da distribuição de cestas básicas, durante a pandemia de Covid-19. Wanderlei era vice-governador na época do suposto esquema, entre 2020 e 2021.

Segundo a PF, há fortes indícios da existência de um esquema montado utilizando-se do estado de emergência em saúde pública e assistência social, para contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas.

As empresas teriam recebido a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado.

Durante o cumprimento das buscas na casa e no gabinete de Wanderlei, os policiais federais encontraram R$ 67,7 mil em espécie, além de dólares e euros. Na casa do governador havia R$ 35,5 mil, 80 euros e US$ 1,1 mil. Já no gabinete de foram encontrados R$ 32,2 mil e centenas de boletos de contas pagos em lotéricas, tanto do governador, quanto de terceiros.

Em nota, Wanderlei Barbosa alegou que na época do suposto esquema, entre 2020 e 2021, por ser vice-governador, não tinha relação com o programa.

“Como todos já sabem, a única alusão ao meu nome em toda essa investigação foi a participação num grupo de consórcio informal de R$ 5 mil com outras 11 pessoas, no qual uma delas era investigada”, afirma.

Entre os outros investigados estão a primeira-dama Karynne Sotero, que atualmente é secretária extraordinária de Participações Sociais. Léo Barbosa é deputado estadual desde 2019. Rérison Castro atualmente é superintendente do Sebrae Tocantins, mas foi secretário no governo do Tocantins entre 2019 e 2022.

A operação foi chamada de Fames-19 em referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de Covid-19. Fames significa fome em latim, e 19 faz alusão ao ano em que a doença foi descoberta. As informações são do G1.

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