Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2023
O mês de janeiro registrou o melhor nível de consumo dos lares brasileiros dos últimos três anos. Em relação ao mesmo período de 2022, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) contabilizou uma alta de 1,07%. Segundo o levantamento da instituição, o número indica que o consumo continua centrado nas residências, embora tenha ocorrido uma maior abertura de bares, restaurantes e setor hoteleiro, com o arrefecimento da pandemia, no País.
A estimativa é de que o consumo se mantenha no primeiro trimestre. O reajuste anual do salário mínimo é apontado como uma das razões para isso. Em janeiro, ele passou de R$ 1.212 para R$ 1.302. Outros fatores são a continuidade dos pagamentos de R$ 600 mensais para o Bolsa Família e do vale-gás, a cada dois meses, no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos.
Historicamente, janeiro apresenta queda de consumo das famílias em relação a dezembro. Quando comparado o último mês de janeiro com dezembro de 2022, houve um decréscimo de -14,81%. De janeiro de 2022 a dezembro de 2021, de -21,22%, enquanto de janeiro de 2021 para dezembro de 2020, -14,85%.
A associação estima que, no primeiro trimestre, determinados fatores sustentem o consumo nos lares: o reajuste do salário mínimo (7,42%) para mais de 60 milhões de pessoas; a manutenção do pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil (Bolsa Família); o vale-gás, no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (a cada dois meses).
Além disso, o resgate do PIS/Pasep (de fevereiro a dezembro) e o pagamento (a partir de março) de R$ 150 por criança de até 6 anos para famílias inscritas nos programas de transferência de renda devem contribuir para o consumo doméstico.
Para 2023, a Abras projeta crescimento de 2,50% no consumo nos lares.
O Abrasmercado, indicador que mede a variação de preços nos supermercados, manteve-se estável (+0,08%) em janeiro na cesta composta por 35 produtos de largo consumo, como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza.
As principais altas foram puxadas por batata (14,14%); feijão (5,69%); tomate (3,89%); arroz (3,13%) e farinha de mandioca (2,75%). Já as quedas foram na cebola (22,68%); carne bovina corte dianteiro (1,93%); frango (1,29%); óleo de soja (0,46%); leite em pó (0,45%), leite longa vida (0,3%); carne bovina corte traseiro (0,12%). O recuo nos preços do corte dianteiro foi mais expressivo no Sul (4,58%) e no Sudeste (3,19%).
No recorte da cesta de alimentos básicos, composta por 12 produtos, houve alta de 0,25% em janeiro/2023 ante dezembro/2022 e o preço médio da cesta passou de R$ 317,56 para R$ 318,35. Os itens básicos que pressionaram a alta da cesta foram feijão (5,69%), arroz (3,13%) e derivados do leite – queijo muçarela (0,46%) e queijo prato (0,46%).