A missão SpaceX Crew-9 foi lançada com sucesso no último sábado (28), no topo de um foguete Falcon 9, a partir da Plataforma de Lançamento-40 da Estação da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), às 14h17 (pelo horário de Brasília). Esse foi o primeiro voo humano a decolar desse local, que geralmente é usado para lançamentos de satélites.
Após cerca de 28 horas de viagem, a cápsula Dragon Freedom atracou na Estação Espacial Internacional (ISS), com os astronautas Nick Hague, da Nasa (agência espacial norte-americana), e Aleksandr Gorbunov, da agência espacial russa (Roscosmos) a bordo. A espaçonave acoplou ao laboratório orbital às 18h30min de domingo (29), com as escotilhas abrindo às 20h15min.
Originalmente programada para decolar em 18 de agosto, essa missão foi remarcada três vezes, tanto por motivos técnicos quanto por razões meteorológicas. O último adiamento, de quinta-feira (26) para sábado, foi em razão do avanço da tempestade tropical Helene, que estava prevista para chegar à costa da Flórida como um furacão de categoria 3.
Como o próprio nome sugere, a missão Crew-9 é a nona operação de transporte de astronautas realizada pela SpaceX para a Nasa com destino à ISS.
Inicialmente, a tripulação contaria com quatro membros, mas a composição precisou ser alterada. Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, foram ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões.
Essa alteração está relacionada à necessidade de trazer de volta à Terra dois astronautas atualmente em missão prolongada na ISS: Butch Wilmore e Suni Williams. Eles chegaram à estação em 6 de junho a bordo da primeira missão tripulada da Boeing Starliner. No entanto, o retorno foi comprometido após falhas em cinco dos 28 propulsores da espaçonave.
Após meses de investigação, a Nasa concluiu que não seria seguro confiar na cápsula para o retorno dos astronautas, e a Starliner retornou à Terra vazia em 6 de setembro. Com isso, a agência elaborou um plano para trazer Wilmore e Williams de volta em uma cápsula Crew Dragon – no retorno da missão Crew-9, em fevereiro do ano que vem.
Se realmente isso acontecer até fevereiro, Wilmore e Williams terão passado oito meses no espaço, em vez dos cerca de oito dias planejados. Embora seja um longo período em comparação à média de tempo de duração das missões à ISS, não representará um recorde de permanência.
Além de Wilmore e Williams, outros sete astronautas a bordo da ISS recepcionaram Hague e Gorbunov: Michael Barratt, Matthew Dominick, Jeanette Epps e Donald Pettit da NASA, e os cosmonautas russos Alexander Grebenkin, Aleksey Ovchinin e Ivan Wagner.
Barratt, Dominick, Epps e Grebenkin fazem parte da missão Crew-8, lançada pela SpaceX em março. O trio deve voltar para a Terra dentro de poucos dias, se tudo correr conforme o planejado. As informações são do site Olhar Digital.