Terça-feira, 04 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2016
A jornada humana até Marte começa embaixo d’água. Não entendeu? Pois é: antes de ir rumo ao planeta vizinho, astrounautas, ou melhor, “aquanautas”, fazem simulações no fundo do oceano Atlântico. Na última semana, a Nasa (agência especial americana) encerrou o 21 Neemo (em tradução livre da sigla, Operações de Missão da Nasa em Ambientes Extremos), realizado no habitat marinho.
No total, seis “aquanautas” ficaram nada menos que 16 dias submersos. A simulação ocorreu em uma base aquática a 20 metro da superfície na costa da Flórida (EUA). O local, chamado de Aquarius, é a única estação de pesquisa submersa do mundo.
Na missão, os “aquanautas” testam equipamentos que serão utilizados em Marte. Embaixo d’água, eles até executam as famosas caminhadas fora da base que são bastante semelhantes às realizadas por astronautas no espaço. Isto com base em todas as informações que já sabemos sobre o misterioso planeta até agora.
No fundo do mar, os “aquanautas” conseguem ajustar suas condições de flutuação para simular a gravidade em Marte. Com isso, podem avaliar ferramentas e técnicas de missões para o planeta.
Se você acha que ficar embaixo d’água por 16 dias já é complicado, a volta para a terra firme também não é fácil: a descompressão dos membros leva mais de 16 horas. Quando finalmente a missão terminou, a equipe escreveu no Twitter: “Até logo e obrigado pelos peixes!”. Realmente, peixes não faltaram.