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Ciência Astronautas presos: como missão espacial passou de 8 dias para 8 meses, virou fiasco para Boeing e pode colocar Nasa em apuros

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Os astronautas Barry 'Butch' Wilmore e Sunita Williams voaram a bordo da espaçonave Starliner, da Boeing. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Uma missão espacial que era para durar 8 dias acabou se alongando por meses. Primeiro, por três. Mas a situação ficou mais constrangedora. Agora, a Nasa decidiu que era arriscado demais trazer os dois astronautas “presos no espaço” de volta na mesma cápsula em que eles subiram, feita pela Boeing em um contrato de R$ 8 bilhões, e optaram por trazê-los de volta à Terra no começo de 2025 — totalizando 8 meses de estadia no espaço — justamente de “carona” em uma cápsula da concorrente Space X, do bilionário Elon Musk.

“Para Boeing, realmente, é um fiasco. É um problema muito sério para eles. Para Nasa, pelo contrário, é uma demonstração de força. Porque, até então, veja só, a ideia de ter duas empresas era você ter concorrência, duas concorrendo para ver se alguma delas conseguiria entregar aquilo que era uma coisa desafiadora, nunca nenhuma empresa tinha feito isso nesses moldes”, explica o jornalista de ciência, Salvador Nogueira.

Segundo ele, para além de constrangedor para a Boeing, a situação virou fonte de conflito entre a empresa e a Nasa — já teve até discussões.

Nas últimas reuniões, os representantes da Boeing foram excluídos por terem posições diferentes — enquanto eles defendem que a espaçonave era segura para transportar os astronautas de volta, a Nasa tem se mostrado rescaldada por conta de acidentes com mortes e uma fama de subestimar risco.

“Dessa vez, a Nasa mostrou a força da sua estratégia de ter dois fornecedores e pode fazer uma escolha. Falar ‘olha, tem um que está operando já normalmente, é mais seguro, eu posso optar voltar com esse a voltar com essa cápsula aqui que aparentemente é segura, mas, se a gente estiver subestimando o risco, teremos um problema muito sério’.”

Ainda que o problema não tenha atingido totalmente a imagem da Nasa neste momento, a situação pode, futuramente, colocar a agência em apuros.

“Então, para a Nasa, foi uma vitória, embora, claro, seja um problema para o futuro, porque ela pode perder essa redundância se, de repente, a Boeing desistir de seguir adiante no projeto. É um risco que ela corre”, diz Nogueira.

Missão (in)completa

A nave espacial Starliner, da Boeing, completou sua jornada de volta à Terra no sábado (7), mas os astronautas que ela deveria estar transportando permaneceram na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

A cápsula vazia chegou ao Estado americano do Novo México, após viajar em modo autônomo desde o laboratório espacial que orbita nosso planeta.

A situação da Starliner, que sofreu problemas técnicos após ser lançada com os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da agência espacial americana, a Nasa, foi considerada muito arriscada para trazê-los de volta.

A dupla retornará à Terra na nave Crew Dragon, da empresa do bilionário Elon Musk SpaceX, mas não antes de fevereiro.

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