Uma fonte misteriosa tem emitido pulsos de rádio com diferentes níveis de brilho, segundo um artigo publicado na revista Nature. De acordo com os pesquisadores, o sinal pode ser de uma estrela de nêutrons, embora não descartem outras possibilidades.
“Acreditamos que a maioria dos sinais transientes de rádio vem de estrelas de nêutrons em rotação conhecidas como pulsares, que emitem flashes regulares de ondas de rádio, como faróis cósmicos. Normalmente, essas estrelas de nêutrons giram em velocidades incríveis, levando apenas alguns segundos ou até mesmo uma fração de segundo para completar cada rotação”, diz o pesquisador Emil Lenc.
O pesquisador explica que, além de ter um ciclo de quase uma hora de duração (o mais longo já observado), o sinal também emitia flashes longos e brilhantes, pulsos rápidos e fracos, e, às vezes, nada durante várias observações.
“Não conseguimos explicar o que está acontecendo aqui. O mais provável é que seja uma estrela de nêutrons muito incomum, mas não podemos descartar outras possibilidade”, completa.
O astrônomo diz que o sinal chamou a atenção devido às suas ondas de rádio “circularmente polarizadas”, o que significa que a direção das ondas gira como em torno de um saca-rolhas à medida que o sinal viaja pelo espaço – algo considerado incomum no campo da astronomia.
“A origem de um sinal com um período tão longo permanece um profundo mistério, sendo uma estrela de nêutrons de rotação lenta a principal suspeita. No entanto, não podemos descartar a possibilidade de o objeto ser uma anã branca – as “cinzas” do tamanho da Terra de uma estrela como o Sol que esgotou seu combustível nuclear”, ressalta. As informações são do portal de notícias Terra.
Janeiro de 2024
Astrônomos rastrearam uma das mais poderosas e distantes explosões de rádio rápidas que já foram detectadas e descobriram que elas vêm de uma origem incomum: um raro grupo de galáxias “semelhantes a uma bolha”. As descobertas foram apresentadas em janeiro de 2024, durante a 243ª reunião da Sociedade Astronômica Americana em Nova Orleans, Estados Unidos.
A descoberta pode lançar mais luz sobre o que causa as misteriosas explosões de ondas de rádio, que intrigam os cientistas há anos.
Explosões rápidas de rádio, ou FRBs, são rajadas intensas de ondas de rádio com duração de milissegundos e origens desconhecidas. O primeiro FRB foi descoberto em 2007 e, desde então, centenas destes flashes cósmicos rápidos foram detectados vindos de pontos distantes do universo.
Astrônomos usaram imagens do Telescópio Espacial Hubble para revelar que a rápida explosão de rádio veio de um grupo de pelo menos sete galáxias que estão tão próximas umas das outras que todas poderiam caber dentro da Via Láctea.
O sinal intenso, nomeado como FRB 20220610A, foi detectado pela primeira vez em 10 de junho de 2022 e viajou 8 bilhões de anos-luz para chegar à Terra. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou 5,88 trilhões de milhas (9,46 trilhões de quilômetros). As informações são da CNN.