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Esporte Atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação contra manipulação em jogo para favorecer parentes em apostas esportivas

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A partida sob investigação ocorreu em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado

Foto: Reprodução de TV
A partida sob investigação ocorreu em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado. (Foto: Reprodução de TV)

O atacante do Flamengo Bruno Henrique foi alvo, nesta terça-feira (5), da Operação Spot-Fixing, deflagrada pela PF (Polícia Federal) e pelo Ministério Público do Distrito Federal, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, o atleta teria forçado uma falta para cartão no jogo contra o Santos, há um ano, pelo Campeonato Brasileiro, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas. O jogador rubro-negro acabou expulso no fim da partida.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Também foram alvos da operação o irmão de Bruno Henrique, a cunhada e dois amigos.

Os agentes estiveram na casa do atacante, na Barra da Tijuca; no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande; e na sede do clube, na Gávea.

As investigações começaram após uma comunicação feita pela Unidade de Integridade da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association e Sportradar, que fazem análise de risco, houve apostas sobre cartões em um volume acima do normal para aquela partida.

No decorrer das investigações, os dados obtidos junto às bets, por intermédio dos representantes legais indicados pelo Ministério da Fazenda, apontaram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele tomaria um cartão amarelo — o que, de fato, aconteceu.

“Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, afirmou o Ministério Público do Rio de Janeiro.

A partida sob investigação ocorreu em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão do ano passado. O mando do jogo era do Flamengo, que optou pelo Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Aos 50 minutos do 2º tempo, Bruno Henrique fez falta em Soteldo, do Santos, e levou amarelo. O atacante rubro-negro foi reclamar de forma ríspida com o árbitro Rafael Klein, que o puniu com mais um amarelo, levando ao cartão vermelho e à expulsão. O Flamengo perdeu o jogo por 2 a 1.

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