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Ataque à boate deixa ao menos 39 mortos na Turquia na noite de Ano-Novo

O ato ocorreu no tradicional clube Reina. (Crédito: Reprodução)

Um homem armado disparou contra o público de uma celebração de Ano-Novo em Istambul (Turquia) neste domingo (1), deixando ao menos 39 mortos, entre eles 15 estrangeiros. Há entre as vítimas fatais cidadãos de países como Israel, Líbano, Líbia, Marrocos e Arábia Saudita, segundo as informações oficiais preliminares. Quatro dos 69 feridos estão em estado crítico. O

O ataque, considerado um atentado terrorista pelo governo, ocorreu no tradicional clube Reina, às margens do Bósforo. Havia ao menos 600 pessoas na casa noturna, frequentada por celebridades e pela elite secular. O homem armado teria matado um policial e um civil na porta e forçado sua entrada. Em pânico, pessoas se jogaram na água para escapar do atirador, que iniciou os disparos.

Segundo informações – não confirmadas pelas autoridades– haveria outro autor. Armas de longo alcance teriam sido utilizadas na ação. O jornal “Hurriyet” relatou que os responsáveis gritavam em árabe enquanto disparavam contra o público. Testemunhas afirmaram que a polícia reagiu rapidamente.

Já havia expectativas de um ataque durante o Ano-Novo. Diversos países europeus, como a Espanha, reforçaram medidas de segurança, proibindo a circulação de caminhões próximos ao centro. Berlim foi recentemente alvo de um atropelamento em uma feira de Natal que deixou 12 mortos. Segundo a mídia local, a Turquia teria sido avisada pelos EUA sobre planos de um atentado.

A Turquia, um membro da Otan (aliança militar ocidental), vive meses de instabilidade, que devem agora ser agravados pelo ataque. Houve uma tentativa frustrada de golpe militar em julho, com mais de 270 mortos, além de uma série de ataques a cidades como Istambul e Ancara. Alguns dos atentados foram reivindicados pela facção terrorista Estado Islâmico.

Contudo, nenhum grupo reivindicou, por ora, a autoria do ataque deste Ano-Novo. O Estado Islâmico não costuma assumir as ações de imediato, aproveitando-se do caos informativo dos primeiros dias. O fato de que há um atirador às soltas, ademais, pode atrasar esse anúncio. O EI não é, no entanto, o único ator em conflito com o Estado turco. O governo de Erdogan combate também forças curdas, que pedem maior autonomia à região sudeste do país. O atrito entre a Turquia e a população curda foi agravado nos últimos anos com uma série de embates. (Folhapress)

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